Vereadora faz duro discurso contra o ex-prefeito Sérgio Azevedo
Meiriele Alves Maximino usou adjetivos como “prepotente”, “arrogante” e "narcisista"
Em discurso inflamado na tribuna da Câmara Municipal na sessão ordinária de terça-feira, 1º, a vereadora Meiriele Alves Maximino (União), teceu duras críticas ao ex-prefeito Sérgio Azevedo (PSDB), sem citar seu nome diretamente, mas utilizando adjetivos como "arrogante, prepotente e narcisista".
A vereadora iniciou sua fala ironizando a data, o Dia da Mentira, expressando seu desejo de que as denúncias que faria fossem falsas.
Com a premissa de buscar clareza e transparência em sua atuação parlamentar, a vereadora afirmou não ter receio de retaliações ao denunciar o que considera ilegalidades.
Ela descreveu o ex-prefeito como alguém que se coloca "acima de todos", abusa de um poder que "não deveria ter mais", e demonstra uma necessidade constante de admiração, assumindo responsabilidades sem os recursos necessários e explorando outros para seus próprios fins.
Exemplos concretos
A vereadora ilustrou suas críticas com exemplos concretos. O primeiro deles foi a entrega simbólica da chave do Conservatório Musical no final do mandato do ex-prefeito, em 29 de dezembro passado.
Segundo ela, o Conservatório não possui autonomia para realizar obras, uma responsabilidade do Executivo.
Ela lamentou que a obra não tenha sido feita e que a entrega da chave tenha ocorrido sem que houvesse qualquer avanço na reforma da antiga Prefeitura (Casa Amarela), local destinado ao Conservatório.
Outra denúncia da vereadora envolveu a retirada de computadores da Prefeitura, com a alegação de que documentos do departamento pessoal foram deixados para trás.
Além disso, ela relatou que a promessa de um anexo para o auditório do Conservatório não será cumprida.
"Sabe por que eu estou falando isto? Porque me procuraram pedindo minha ajuda, porque eles precisam ir para lá", justificou a vereadora, evidenciando a falta de empatia do ex-prefeito com as necessidades da instituição.
Ginásio
Ela também abordou a situação de um ginásio municipal, onde teriam sido gastos R$ 300 mil, mas cuja parte inferior estaria "totalmente destruída".
Apesar de um requerimento ter indicado que todos os ginásios e quadras municipais recebem manutenção anual, a vereadora, sem especificar o nome ou a localização do ginásio, relatou que o local está há mais de um ano sem iluminação.
Em uma fiscalização noturna com a lanterna do celular, ela teria encontrado crianças jogando bola descalças em um ambiente de "grande vulnerabilidade".
Ao final de seu discurso, a vereadora afirmou que "a pior coisa que o pinóquio fez é que nós sabemos que ele está ilegal no DME", referindo-se à nomeação do ex-prefeito para o DME.
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