Turismo e planejamento
Minas Gerais é um dos Estados brasileiros com vasta geografia no campo do turismo, sendo as cidades históricas e as estâncias hidrominerais os seus principais e tradicionais destinos para atrair visitantes. E temos o maior atrativo que são os caminhos de Minas que – por ser um estado mediterrâneo – une todo o Brasil.
Ao governo estadual cabe criar condições para o melhor aproveitamento dessas fontes de riqueza e a iniciativa de melhoria das estradas e demais formas de acesso que possibilitem a circulação de pessoas.
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Entretanto, muito mais é necessário que seja feito a fim de que o turismo seja – em Minas Gerais – o fator de progresso que poderia ser explorado como se verdadeira “indústria” fosse.
Em nosso caso o equipamento das estâncias, para que às suas riquezas e atrativos naturais se acrescentem complementos artificiais, em que se objetive – sobretudo – o conforto dos turistas que as procurem, é ponto que demanda esforço maior no sentido de beneficiar-se realmente o próprio Estado dessa sua privilegiada posição.
Acima de tudo impõe-se que seja levado avante um trabalho planejado, tendo em vista o desenvolvimento conjunto dos diversos pontos de lazer ou de tratamento da saúde, os quais ofereçam condições iguais de atração aos visitantes.
Por ser essa uma tarefa insistentemente reclamada é que sempre vemos nos noticiários as solicitações pertinentes que sugerem o aproveitamento e criação de espaços urbanos dotados de centros de convenções e voltados para abrigar espetáculos de toda a natureza que tenham uma utilização racional para qualquer tipo de eventos.
Nosso parque e espaço balneário seja em Poços de Caldas, Pocinhos do Rio Verde (em Caldas), Termópolis (em São Sebastião do Paraíso), Lambari, Cambuquira, Caxambu, Araxá e Contendas (em Conceição do Rio Verde) devem merecer atenção do poder público e ter um tratamento prioritário a fim de ampliar a demanda pelos serviços que essas cidades podem oferecer aos turistas brasileiros e do exterior.
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Todos esses municípios têm a seu favor a natureza; têm a zona urbana como uma referência em qualidade de vida e a tranquilidade das cidades interioranas que atraem o morador dos grandes centros. Se a pergunta for: Como realizar?
Cabe aos gestores municipais, aos especialistas em planejamento turístico, aos prestadores de serviço, aos hoteleiros, aos comerciantes e demais categorias que vivem do e em função do turismo reunirem-se com bacharéis em turismo (e aqui temos inúmeros com boa formação acadêmica e experiência) e discutir quais os rumos para o setor.
O que não podemos permitir é que essa fonte de renda seja sucateada, como acontece em inúmeras cidades que se dizem turísticas e, em particular, a cidade de Poços de Caldas. Importante é a leitura do “Inventário da Oferta Turística em Poços de Caldas”, trabalho de pesquisa sério que serve de norte para se entender o turismo e sua rica diversidade local.
A pesquisa foi realizada pelas especialistas e funcionárias da Secretaria de Turismo Carolina Caponi e Gabriela Borges Martins. Por certo, aquela máxima ouvida sempre nos congressos e simpósios sobre turismo ainda esteja valendo: “Com o turismo todos ganham”, ou melhor, com união e planejamento todos ganham.
E insistimos sempre: é preciso a união do Estado e do(s) município(s) para que a teoria se torne realidade permanente.
* Hugo Pontes é professor, poeta e jornalista. E-mail: hugopontes@pocos-net.com.br