Vereadores pedem suspensão do serviço de pintura do Monotrilho
Prefeitura irá pagar R$ 754 mil para intervenção em estruturas
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Foi aprovado por 12 votos na sessão ordinária de terça-feira, 25, na Câmara Municipal, uma Moção de Apelo ao prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) para que ele suspenda o Edital nº 009-SEPOP/2023, sobre a tomada de preços visando a contratação de empresa para execução de serviços de pintura e lavagem das estruturas do Monotrilho de Poços de Caldas.
A utilização do equipamento gera muita preocupação da população de Poços de Caldas. Empresa especialista elaborou um relatório técnico encaminhado à Prefeitura, informando que o equipamento teria viabilidade, mas com a demolição da estrutura existente e a construção de uma nova, com um novo sistema.
Relatório de engenheiro da própria Prefeitura também vai no mesmo sentido, orientando a demolição da estrutura, e sugere a reutilização de suas vigas para segurar as encostas do rio da Avenida João Pinheiro.
“Entretanto, todos foram surpreendidos com a publicação do Edital nº 009-SEPOP/23 para tomada de preços visando a contratação de empresa para execução de serviços de manutenção, limpeza e conservação das estruturas do Monotrilho, com valor a ser pago no importe de R$ 754.428,58, o que não se justifica. Aliás, uma estrutura condenada pelo tempo e com laudos técnicos que orientam a sua demolição, gastar quase R$ 800 mil reais para a sua limpeza, não atende ao interesse público da população poços-caldense”, diz a moção.
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Histórico
O Monotrilho foi construído por uma empresa privada, na década de 1980, mas só início dos anos 2000 ele foi testado.
No entanto, acabou nunca funcionando efetivamente por problemas técnicos. Logo depois, uma de suas vias, inclusive, caiu dentro do rio de corta a Avenida João Pinheiro, o que tirou de vez a possibilidade de funcionamento.
Uma disputa judicial entre a Prefeitura e a empresa que construiu o equipamento se arrastou por muitos anos e municipalidade acabou realizando um acordo no processo para receber integralmente a responsabilidade por toda a estrutura.
Nem mesmo a empresa que o construiu vislumbrou a possibilidade de explorá-lo economicamente, haja vista ter se tornado um equipamento totalmente inadequado ao funcionamento que se prestava e se objetivava. Com tantos anos sem manutenção, a ação do tempo compromete visivelmente cada vez mais a sua estrutura.