Servidores encerram greve e assinam acordo coletivo

Categoria conseguiu vários avanços nas cláusulas sociais

Mar 10, 2025 - 15:18
Servidores encerram greve e assinam acordo coletivo
Assembleia realizada na Urca decidiu pelo fim da greve e assinatura do acordo coletivo

Após Greve, Servidores Públicos conseguem assinar o Acordo Coletivo 2025/2026 com avanços para a categoria

Em Assembleia realizada na tarde desta segunda-feira, 10, os servidores públicos de Poços de Caldas encerram a greve com vários avanços nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2025/2026.

Inicialmente, os servidores pleiteavam um reajuste de 11,8% no salário e aumento de R$ 700 para R$ 1.000 no vale-alimentação. 

A proposta final da Prefeitura foi de reajuste de 5%, sendo 4,83% equivalentes à inflação e 0,17% de ganho real. Para o vale-alimentação a proposta final foi de aumento para R$ 780. 

Entre as cláusulas sociais conquistadas pela greve estão:

•Prefeitura irá arcar com o pagamento dos salários dos servidores que estiverem no “limbo previdenciário”. Isso ocorre quando o servidor está afastado pelo INSS, passa pela perícia do INSS e é considerado apto a voltar para o trabalho, mas é considerado inapto pela Medicina do Trabalho da Prefeitura, assim ele não recebia nem do município e nem do INSS, agora a Prefeitura irá pagar esse servidor nesse período. 

•Aumento na insalubridade dos coveiros de 20% para 40%;

•Direito das mulheres que estiverem amamentando saírem do trabalho uma hora mais cedo durante os primeiros doze meses de vida da criança;

•Limite no número de estudantes para Auxiliar de Educação Inclusiva ou Agente de Educação na mesma função, dependendo do nível de suporte da criança;

•Aumento de dias de atestado de acompanhamento de 5 para 15 dias;

•Dispensa dos Agentes Comunitários de Saúde em bater o ponto no horário de almoço;

•Fornecimento de uniforme para os Vigias, custeado pela Prefeitura;

•Criação de um Dia de Combate ao Assédio Moral e Sexual, institucionalizado pela Prefeitura; 

•Estudo da Prefeitura em um prazo de 60 dias para adequação do cargo dos Auxiliares de Enfermagem;

-Município passa a aceitar atestado de doação de sangue duas vezes no ano e não apenas uma;
-Servidores que cumprem jornada 12x36 poderão trocar os plantões entre si;

•Diretores de escolas poderão optar por vender 10 dias de férias;

•Servidores do quadro operacional e administrativo da Educação poderão gozar as férias de várias maneiras (30 dias consecutivos, vinte dias e mais dez, vender dez dias, etc.);

•Aumento da licença paternidade de 7 para 10 dias úteis;

•Aumento no número de Assembleias com ponto abonado de 5 para 6;

•Adequação do número de Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias através de Processo Seletivo Público;

•Prefeitura irá realizar estudo para pagamento do IFA e do PQA-VS aos ACS’s e ACE’s;

Cláusulas exclusivas do DMAE conquistadas
•Ajuda de custo em dinheiro para servidores que usam transporte intermunicipal em casos emergenciais, noturnos;

•Pagamento de adicional de 10% para líderes de equipe;

•Pagamento do vale-refeição durante o período de férias dos servidores;

•Aumento no vale-refeição de R$ 30,00 por dia para R$ 45,00 por dia;

Desconto dos servidores que entraram em greve
Durante a negociação, o Sindicato pediu para que os servidores pudessem compensar os dias de greve, o que foi negado pela Prefeitura. 

Diante disso, o sindicato conquistou o direito ao parcelamento dos descontos. Apesar do parcelamento estar garantido, o Sindicato tentará o ressarcimento dos valores na justiça.

Segundo o Sindserv, mesmo assim, os servidores não ficaram satisfeitos com a proposta de reajuste salarial e de vale-alimentação, porém o Acordo Coletivo foi aprovado em razão do grande avanço nas cláusulas sociais, o que aconteceu na última reunião entre Sindicato e prefeito Paulo Ney (PSDB), graças ao impacto causado pela greve. 

“Foram quatro dias de greve em que os servidores puderam mostrar sua importância, explicar para a população os motivos da paralisação e isso foi o que deu força para que o prefeito fosse para a mesa de negociação e viabilizasse esse avanço nas cláusulas sociais”, explicou a presidenta do Sindserv, Greice Keli Alves.

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