Emissoras AM terão que pagar para migrar para FM

As emissoras de rádio AM que desejam migrar para a frequência FM deverão pagar entre R$ 8,6 mil e R$ 4,4 milhões pela adaptação da outorga. Os valores foram apresentados ontem pelo governo federal.Os critérios levaram em conta fatores como abrangência, potência das emissoras e indicadores econômicos e sociais dos municípios onde estão instaladas. O valor mais alto será cobrado para migração de rádios de grande potência (acima de 100 kilowatts) na região metropolitana de São Paulo. O custo mais baixo de migração será de R$ 8,6 mil e valerá para antenas de menor capacidade (até 0,5 kilowatt) instaladas em municípios com menos de 10 mil habitantes.

NÃO OBRIGATÓRIA
A migração não é obrigatória e a lista com todos os valores divulgada pelo Ministério das Comunicações está publicada no “Diário Oficial”. Após a apresentação de documentos, as emissoras interessadas na migração terão prazo que vai de fevereiro a maio do ano que vem para pagar pela mudança. Além do custo da adaptação da outorga, as rádios terão que comprar equipamentos para a transmissão do novo sinal. Das 1,8 mil emissoras AM em operação, 1.386 manifestaram interesse em mudar para FM.

INTEGRAÇÃO
Quando do anúncio das regras de migração, Dilma Rousseff (PT) defendeu o papel do rádio na integração de um país continental como o Brasil e disse que as emissoras pequenas e médias devem ser fortalecidas. “A maioria das nossas rádios é pequena, transmitem em baixa potência, e precisam ser preservadas e incentivadas. Afinal, são elas que levam informação, proporcionam entretenimento e oferecem orientação à população pelo interior de todo o nosso país. Na maioria das vezes, é graças ao radinho de pilha sintonizado em uma rádio AM que moradores de comunidades distantes dos grandes centros urbanos se conectam com o país”, lembrou.