Levantamento aponta preocupação com a preparação de líderes
A pesquisa Tendências de Gestão de Pessoas, realizada pela Consultora global Great Place to Work, ouviu lideranças de recursos humanos e gestores brasileiros para identificar os desafios da retomada pós-suspensão das restrições na pandemia.
Os resultados foram coletados entre 15 de dezembro de 2021 e 7 de janeiro de 2022, e contaram com 2654 respondentes, sendo 65,8% da área de Recursos Humanos e 1.808 pessoas de cargos de liderança (68,12%). A maioria das pessoas respondentes (21,5%) são de empresas de Tecnologia; 14,7% da Indústria e 13,3% de Serviços.
No levantamento 42,6% dos entrevistados colocaram o desenvolvimento e a capacitação de lideranças como o principal foco para melhorar o ambiente organizacional e buscar resultados. A preocupação com essa questão foi tão grande que 94,3% querem investir na preparação de seus líderes.
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Para Rodrigo Salgado, especialista em gestão e diretor da Alero Consultoria, a pesquisa é um importante termômetro para mostrar o quanto as companhias estão dispostas a melhorarem seus ambientes de trabalho. “Os negócios terão cada vez mais buscas contínuas por inovação. É necessário olhar para fora dos muros e de ter uma postura mais humanizada, empática, colaborativa e solidária”, explica.
O diretor da Alero Consultoria ainda ressalta que, por este motivo, é necessário contar com um gestor que desenvolva um planejamento das ações, defina metas e a correta alocação de recursos humanos, tecnológicos, financeiros e de infraestrutura, entre outros. “Desta maneira será possível atingir os objetivos estratégicos do negócio, motivando as equipes e garantindo que se entregue mais valor ao cliente final”.
Atualmente o mercado conta com empresas que fornecem especializações para o treinamento de gestores, como é o caso do Instituto da Gestão, que oferece o curso “Virei Gestor, e agora?”, destinado não só para gestores, mas para donos de pequenas e médias empresas, que desejam ter controle sobre a direção que estão seguindo, além de antecipar e resolver problemas, otimizar a operação, ter domínio sobre as ações e tomar melhores decisões”, diz.
Salgado avalia que as intensas transformações dos últimos meses, tornaram a função de gestor ainda mais complexa e abrangente, demandando, principalmente, ações estratégicas que consideram inúmeras variáveis. “As capacitações permitem enxergar gargalos, evitando retrabalho, delegando demandas como mais assertividade, organizando o tempo e os custos com mais eficiência”, finaliza.