Prefeitura dá nova orientação para evitar indústria de multas
Agentes de trânsito trabalham de forma menos punitiva desde o início da semana
A fiscalização do trânsito em Poços de Caldas está com nova orientação e os agentes, desde o início desta semana, já trabalham de forma a tornar a ação mais educativa e menos punitiva.
A filosofia, colocada em prática pela Secretaria Municipal de Defesa Social, conta com apoio do prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) e do vice Flávio Faria (Rede), os quais, inclusive, não querem transformar o setor em uma indústria de multas. Na tarde de ontem, alguns integrantes da equipe de agentes de trânsito estiveram no gabinete na Prefeitura.
Em companhia do secretário, Marcos Sansão (PSDB), eles deram sugestões sobre a forma de como atuar nas operações de rua. De acordo com o grupo, a imagem dos agentes melhorou, mas, no início da operação a situação estava difícil, devido a quantidade de punições aplicadas aos motoristas. O chefe do Executivo Municipal disse que quer uma fiscalização mais educativa, com os agentes se integrando à comunidade, de forma que ela também contribua para melhorar o trânsito.
“Claro que continuarão sendo punidos os motoristas reincidentes e outros que cometem excessos, como estacionar em vagas de deficientes ou idosos e em locais proibidos, obstruindo o tráfego”, esclareceu. Ainda em sua opinião, a orientação deve se antecipar a punição, coisa que não estava acontecendo até o final do ano passado.
“Me impressionava toda vez que via no jornal, três ou quatro páginas só com multas aplicadas pela Prefeitura. Eu mesmo conheço pessoas que acumularam até dez multas naquele período”, comentou. O secretário de Defesa Social informou que a orientação foi passada a todos os agentes, em encontro realizado nesta semana, e que a nova concepção está em processo.
Segundo o secretário, a ideia é promover campanhas educativas, com apoio de material gráfico próprio, também realizar debate em escolas e blitz nas ruas. Para ele, “não se pode administrar o trânsito com a perspectiva de gerar lucro, muito menos avaliar o agente pela quantidade de multas aplicadas”.