Prefeito cede à pressão e retira projeto polêmico

Pedido de empréstimo de R$ 10 milhões gerou grande repercussão negativa

O prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) cedeu à pressão popular e retirou de pauta um projeto de lei substitutivo que seria votado ontem à tarde, 29, na sessão ordinária da Câmara Municipal.

A proposta autorizava a Prefeitura contratar uma operação de crédito com o Banco do Brasil de até R$ 10 milhões para “investimentos em infraestrutura viária e mobilidade urbana: aquisição de máquinas, equipamentos e ambulâncias; projeto para a modernização da gestão: georreferenciamento, recadastra-mento imobiliário, levantamento aerofotogramé-trico e atualização da planta de valores genéricos; aquisição de softwares e equipamentos de informática”.

O projeto do Executivo recebeu ampla rejeição nas redes sociais, principalmente porque o empréstimo incluia na parte do “projeto para a modernização da gestão” um custo de R$ 4,5 milhões para ser aplicado no recadastramento imobiliário. Parte da população entendeu que trata-se de uma forma de fazer o reajuste nos valores do IPTU a partir do ano que vem.

PRESSÃO
Inscrito em regime de urgência, bastaria maioria simples para aprovar o projeto. Mas a pressão primeiro recaiu sobre os próprios vereadores. Como os vereadores oposicionistas Paulo Tadeu (PT) e Ciça Opípari (PT) já haviam manifestado que votariam contra a proposta, a população começou a pressionar os demais.

Até o início da sessão legislativa de ontem, os vereadores Paulo Eustáquio (MDB), Joaquim Alves (MDB), Mauro Ivan (PSB) e Marcelo Heitor (PSC) haviam também se posicionado contrários ao projeto.

Com o prenúncio de uma votação apertada, o prefeito, sob pretexto de fazer “novos estudos”, se viu obrigado a recuar para não sofrer uma humilhante derrota em plenário, mesmo tendo a maioria dos vereadores ao seu lado.