Polícia prende mãe e filha acusadas de agenciar prostituição

Dupla agenciava garotas de programa pela internet

A Polícia Civil desarticulou na manhã desta quarta-feira, 5, em Poços de Caldas, um esquema de agenciamento de adolescentes para a prostituição. Durante a operação batizada de “Book Rosa”, duas pessoas foram presas: Claudete de Souza Hashimoto, 51, e Elaine Cristina Hashimoto, 34.

De acordo com investigações da Polícia Civil, as duas acusadas, que são mãe e filha, são apontadas como as líderes do esquema. Elas atuavam através de um site e por mensagens de WhatsApp oferecendo os serviços e agendando os programas, que aconteciam em uma residência no bairro Jardim Centenário.

Entre as garotas oferecidas, estavam adolescentes. A Polícia Civil suspeita, ainda que uma das vítimas do esquema seria o filho de 17 anos de Elaine. As investigações realizadas pela Polícia Civil apontam ainda que as suspeitas apresentavam aos possíveis clientes fotos das garotas nuas e ofereciam os programas a preços a partir de R$ 200. Entre R$ 30 e R$ 50 eram pagos às mulheres pelo uso do espaço para a prática sexual.

O restante ficava com o rapaz de 17 anos, que custeava gastos com lazer. As mulheres foram presas após cumprimento de mandados de prisão e encaminhadas à Delegacia de Polícia Civil. Além das suspeitas, a Polícia Civil apreendeu ainda tablets, computadores e CDs que comprovariam o esquema de prostituição via redes sociais.

Duas das jovens oferecidas para programas, de 15 e 18 anos, confirmaram as acusações contra mãe e filha, que serão indiciadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por exploração sexual e pelo Código de Processo Penal, por manter casa de prostituição e rufianismo.

INVESTIGAÇÕES
O esquema de prostituição começou a ser investigado após denúncia feita em janeiro deste ano ao Ministério Público, pelo pai de uma adolescente que estava sendo explorada pelas duas mulheres. Os policiais descobriram que no esquema, Claudete era responsável pelos aliciamentos e pela negociação com os clientes.

A oferta era feita por um site e o agendamento do encontros ocorria através de mensagem pelo WhatsApp. Elaine dava suporte às ações e os policiais também acreditam que ela também possa participar de programas. No Facebook, ela se identifica como vendedora de produtos eróticos.

Segundo os policiais, ela obrigava as adolescentes a comprarem os produtos para uso nos programas. O blog utilizado para oferecer as adolescentes teve a última atualização na terça-feira, 4. Uma das garotas de programa era oferecida por R$ 1,99.