Polícia Federal realiza operação contra trabalho escravo em Poços

Policiais federais cumpriram mandados em restaurante

Nesta terça-feira, 6, pela manhã, a Polícia Federal deflagrou a operação “Canaã – A Colheita Final”. A ação tem apoio do Ministério do Trabalho e visa apurar situação de condição análoga à de escravo, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, que teriam sido cometidos por líderes de uma seita religiosa.

A operação policial cumpre 22 mandados judiciais de prisão preventiva, 17 mandados judicias de interdição de estabelecimento comercial e 42 mandados judiciais de busca e apreensão, todos expedidos pela 4ª Vara Federal em Belo Horizonte.

Em Poços de Caldas, a operação cumpriu mandados no restaurante Poços Grill, na avenida João Pinheiro. A operação conta com a atuação de 220 policiais federais, 55 auditores fiscais do Ministério do Trabalho nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia.

O foco principal da investigação recai sobre dirigentes de uma seita religiosa, que teriam aliciado pessoas em sua igreja em São Paulo (SP). O objetivo era convencer os fiéis a doarem todos os seus bens para as associações controladas pela igreja. Além disto, os fiéis eram encaminhados à cidades em Minas, entre elas, Poços de Caldas, São Paulo e Bahia, onde trabalhavam sem remuneração e submetidos à jornadas de trabalho extenuantes.