Polícia aponta que “Limão” foi morto por não pagar programa
Um dos acusados foi preso na terça-feira, enquanto a outra envolvida morreu de overdose em Campinas
A Polícia Civil convocou a imprensa na manhã desta quarta-feira, 18, para dar detalhes sobre o homicídio do pedreiro Elissandro Basso, conhecido como “Limão”, ocorrido em 7 de julho passado.
Ontem, 17, a Polícia Civil já havia anunciado a prisão de um suspeito na morte de “Limão”, mas a identidade do acusado só seria revelada em uma entrevista coletiva ocorrida na manhã de hoje na Delegacia de Polícia Civil.
O delegado Cleyson Brene e o delegado regional Gustavo Manzolli deram detalhes sobre o homicídio. Na terça-feira, os policiais conseguiram prender Ronaldo Aparecido Bruno, 36, que confessou o crime. A companheira de Ronaldo, a garota de programa Joelma Maria dos Santos Bruno, 44, também participou do crime. Segundo Ronaldo, “Limão” contratou Joelma para um programa, mas não tinha dinheiro para pagar e por isto, acabou morto.
Para o delegado Gustavo Manzolli, o crime está esclarecido. Apenas detalhes pontuais sobre como o homicídio ocorreu ainda estão sendo apurados, como por exemplo, a reconstituição do crime e o possível envolvimento de uma terceira pessoa. Mas o depoimento de Ronaldo foi considerado fundamental para resolver o caso, já que os detalhes fornecidos por ele confirmaram o que a perícia técnica já tinha apurado.
De acordo com as investigações, na madrugada do dia 7 de julho, por volta de 3h30, “Limão” encontrou com Ronaldo e Joelma na avenida Francisco Salles, nas imediações da Prefeitura. No local, eles teriam combinado o programa. De lá, combinaram de ir ao terreno baldio na esquina da rua Acre com avenida Champagnat, local onde o corpo acabou sendo encontrado.
Como “Limão” teria alegado que não tinha dinheiro para pagar o programa, Joelma teria dado um golpe contra a cabeça dele. Na sequência, Ronaldo também começou a agredir “Limão”, que já estava caído ao chão, com golpes de pau e pedradas.
“Limão” foi encontrado seminu porque Ronaldo e Joelma procuravam na calça dele por objetos de valor da vítima. A jaqueta utilizada por “Limão” no momento foi roubada por Ronaldo, que alegou à Polícia Civil que quando ele e Joelma fugiram, a vítima ainda estava com vida.
Durante o dia, eles descobriram que “Limão” havia morrido quando passaram pelo local e viram a movimentação da Polícia Militar e da Funerária Municipal. Durante da situação, resolveram fugir para Campinas (SP).
Na cidade paulista, ambos ficaram em um centro para moradores de rua. No entanto, Ronaldo voltou a Poços e passou a morar na rua. Já Joelma permaneceu por lá, onde passou a fazer programas sexuais. Após conseguir um mandado de prisão temporária contra Joelma, a Polícia Civil de Poços descobriu que ela havia morrido na segunda-feira, 12, em um hotel, de overdose de drogas, enquanto fazia um programa.
