Poços Noir mostra a cidade em luz e sombra

Projeto é idealizado pelo curador e artista visual Marcelo Leme


O projeto Poços Noir, idealizado pelo artista visual e curador Marcelo Leme, mostra a cidade em luz e sombra.

A iniciativa soma-se às promissoras ações audiovisuais e de artes visuais locais, a partir do fomento ao desenvolvimento de um olhar para a fotografia autoral com base na concepção da imagem com estética Noir em reconhecidos espaços da cidade de Poços de Caldas.

O projeto de incentivo à cultura reuniu apenas duas artistas visuais em 2020, mas pretende se entender nos próximos anos, com ideias mais ambiciosas, tendo a cidade de Poços de Caldas como um belo e intrigante plano de fundo.

No mês de janeiro, as imagens produzidas serão publicadas no Instagram do projeto.

Para a atividade, artistas visuais foram convidadas a realizar um ensaio fotográfico seguindo a estética Noir, em locais previamente definidos.

A proposta é um desafio, uma vez que estimula os fotógrafos a desenvolverem um ensaio a partir de um tema, locais e modelos já definidos. As fotógrafas Lais Queiroz e Lígia Maria foram convocadas a participar do projeto, que teve como modelos Leidy Nara, Euler Santi, Laura Galdino e Lívia Cortezano.

As artistas precisaram criar uma história e desenvolver um roteiro e, depois, elaborar uma narrativa fotográfica. “Participar do Poços Noir foi um desafio. Sempre gostei de fotografia e já trabalho com isso há alguns anos, mas nunca tinha estruturado minhas fotos e vídeos num roteiro. E que surpresa boa! Trabalhei com artistas incríveis, pude andar pelo belíssimo Palace Hotel e criei um videoarte com referências aos meus filmes preferidos. O objetivo foi desenvolver uma história que recuperasse elementos dos filmes noir, produções incríveis dos anos 1940 e 1950. As imagens são em preto e branco, com muito jogo de luz e sombra e revelam uma história sobre crime e vingança”, explica Lais Queiroz.

A estética Noir está presente em diferentes correntes artísticas, especialmente no cinema, onde se tornou subgênero policial, o reconhecido filme Noir.

Com a predominância do preto e branco em alto contraste, é comum observar trabalhos que retratam narrativas análogas. As cenas geralmente são opressivas devido ao uso de luz e sombra que confere notória intervenção dramática às histórias contadas.