Poços adere parcialmente à paralisação de agentes recenseadores

Principal reclamação é quanto às condições de trabalho

Agentes recenseadores em várias partes do Brasil paralisaram as atividades nesta quinta-feira, 1º, em protesto contra as condições de trabalho oferecidas pelo IBGE para a realização do Censo 2022.

O movimento é organizado pela União dos Recenseadores. Minas, inclusive, já conta com uma regional da entidade.

Em Poços de Caldas, pelo menos 30 recenseadores paralisaram as atividades hoje, sem contar os que já não estão produzindo por desmotivação por conta das condições de trabalho. A paralisação deve durar um dia.

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Ainda não é possível mensurar a adesão no Estado porque ela não foi integral, mas existem movimentos em cidades como Belo Horizonte, Governador Valadares, Ribeirão das Neves, São João da Ponte e Teófilo Otoni. O movimento se originou em Salvador (BA) e já está ocorrendo em outras capitais desde sexta-feira, 26.

CONDIÇÕES DE TRABALHOS
Entre as demandas apresentadas pelos agentes, estão correção da taxas que estão com valores defasados; aumento da taxa do adiantamento de 50% para 80%; calculadora do IBGE com taxas reais e não projeção sobre quanto os agentes irão ganhar realmente; pagamento do transporte antecipado e ajuda com alimentação; canal de atendimento para o recenseador; implantação da comunicação extrajudicial para as pessoas que não quiserem responder o Censo, tirando a obrigação do recenseador depois de quatro retornos às residências; pagamento de transporte em domicílio toda vez que tiver que fazer retorno; pagamentos de todos os débitos do IBGE; e aumento da taxa de recusas e ausências para 20%.

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Em Poços de Caldas, os agentes apontam que o número necessário de recenseadores é de 150. Porém, devido às dificuldades com relação ao local de treinamento e atraso na ajuda de custo, atuam no momento 110 recenseadores.

No entanto, estima-se que cerca de 90 recenseadores estejam ativos na cidade, por conta das condições de trabalho, falta de transparência com relação a valores a serem recebidos e demora e atrasos em pagamentos.

Nesta semana, mais 60 recenseadores estão em treinamento no terceiro processo seletivo do IBGE, o que permitirá que se chegue ao número de 150 agentes.