Poços entre as 100 melhores cidades para se fazer negócio

Pela primeira vez na história, Poços está no seleto grupo das 100 melhores cidades para fazer se negócio no Brasil. O ranking realizado pela Urban Systems foi publicado pela Revista Exame de 26 de outubro.

Esta é a terceira edição do estudo, que avaliou 28 indicadores dos 308 municípios com mais de 100 mil habitantes no país. Poços é um dos seis municípios mineiros que aparecem no levantamento e a única cidade a representar a região sul do estado. Em Minas, além de Poços, também estão entre a capital Belo Horizonte, Uberlândia, Uberaba, Juiz de Fora e Sete Lagoas.

Os 28 indicadores que serviram de base para o estudo foram divididos em quatro categorias: desenvolvimento econômico, capital humano, infraestrutura e desenvolvimento social. Os indicadores vão desde o crescimento populacional, empresarial e de empregos, matrículas em cursos superior, frota de automóvel, até percentual de conexões de banda larga fixa e índice de perdas na distribuição de água.

O estudo tem como base o Índice Mercadológico de Atratividade, um modelo de análise desenvolvido pela Urban Systems, que possui metodologia dinâmica e customizada e é utilizado para direcionar o planejamento estratégico de empresas e negócios em diferentes segmentos, hierarquizando regiões e priorizando mercados.

Em Poços, a publicação destaca a saúde como a grande conquista, já que o município investe mais do que a média das cidades brasileiras no setor. A média nacional é de R$ 636 per capita, mas no município o investimento em saúde chega a R$ 989 per capita. A revista também aponta a qualificação de mão de obra como o grande desafio para Poços.

A entrada de Poços no ranking é fruto da política de retomada do desenvolvimento industrial no município, com a efetivação do Distrito Industrial. A Prefeitura também conquistou a regularização da área, feita apenas em 2013, e, concomitantemente às obras de infraestrutura, deu início ao processo de licenciamento ambiental que, quando finalizado, dotará o município de um dos poucos Distritos Industriais com licença ambiental no Estado.

“Com as obras em andamento, foi possível ao município captar investimentos e receber novas empresas. Já são 31 doações de áreas e projetos contemplados com isenções fiscais, incluindo o Mini Distrito, sendo que 20 foram para unidades locais. Somente no DI, já são oito empresas em pleno funcionamento e sete em ritmo acelerado de obras”, explica o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, John Gustavo de Freitas. Somando-se a ampliação das empresas já instaladas e as unidades do Mini Distrito, o município deve receber investimentos industriais da ordem de R$ 600 milhões.