Dezembro laranja: não deixe seu pet de lado na prevenção do câncer de pele

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Assim como o Outubro Rosa, o Dezembro Laranja é uma campanha de conscientização em relação ao câncer, mas dessa vez, do câncer de pele. 

Primeiramente destinado a nós, seres humanos, as ações também envolveram os pets, pois médicos veterinários desejam alertar os tutores sobre a ocorrência dessas doenças nos nossos amiguinhos. 

Afinal, se pouco se fala sobre ela no geral, imagine sobre como ela afeta os pets, não é mesmo?

Então, prepare o seu protetor solar e lembre-se também de passá-lo no seu melhor amigo, pois eles também precisam!

O que é câncer de pele? Quais são os tipos?
O câncer de pele se manifesta quando as células da pele se desenvolvem de forma anormal. Assim, dependendo de quais forem afetadas, a doença pode se caracterizar em diferentes tipos, que são: 

Câncer de pele não melanoma
•Carcinoma basocelular
O mais comum de todos, é também o menos nocivo. O nome refere-se às células basais, localizadas na parte inferior da epiderme: a camada mais superficial da pele, essa que entra em contato com o ambiente. 

Por isso, é mais frequente se apresentar nas regiões mais expostas do corpo, como rosto, pescoço, orelha, costas, ombros e couro cabeludo. 

Segundo a Rede D’or, referência no diagnóstico e tratamento do câncer, o carcinoma basocelular tem aparência perolada, de ferida que não cicatriza e sangra com facilidade

•Carcinoma espinocelular
De acordo com informações do Hospital Sírio Libanês, essa doença pode se desenvolver em cicatrizes ou feridas antigas em qualquer parte do corpo, até mesmo nas genitálias.

Na aparência, são áreas vermelhas com crostas, lesões e bordas irregulares e a maioria dos pacientes são idosos.

Câncer de pele melanoma
O menos comum, mas o mais perigoso. Portanto, as chances de ser revertido quando diagnosticado no início, são altas. De acordo com a Fundação do Câncer, o melanoma se manifesta a partir da pele normal ou de uma lesão. 

Apresenta-se com pintas escuras, bordas irregulares, coceira e descamação. Quando a lesão já existia, ela aumenta de tamanho, muda cor e formato. 

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Nossos pets podem ter esse problema?
Infelizmente sim. Entre os cães, o câncer de pele mais comum é o carcinoma espinocelular, também chamado de escamocelular. 

Com base no Sistema de Informação em Saúde (SiS), esse tipo de câncer é o mais comum no Brasil, isso porque se trata de um país tropical, com muita incidência solar. 

Resumidamente, o desenvolvimento dessa doença está muito ligada à exposição à luz solar sem proteção. No caso dos nossos amiguinhos, esse fator é ainda mais decisivo, pois eles não usam bonés ou protetor solar e muitas vezes não ficam debaixo de coberturas. 

Assim como qualquer doença que afeta os humanos, o câncer também pode assolar qualquer pet, mas há alguns casos em que a preocupação é maior. 

Existe algum grupo de risco? Fique atento à essas raças
Os nossos companheiros velhinhos, são grupos de risco na maioria das doenças, e no câncer de pele não é diferente. Porém, mais do que a idade, nesses casos a raça também é um fator de maior incidência.

Segundo o dermatologista veterinário Luciano Marra, Boxer, Dogo Argentino, Pit Bull e Bull Terrier são os mais acometidos entre os cães. 

Já nos gatos, os de pelos brancos têm maior tendência, diz Luiz Afonso Erthal, especialista em oncologia veterinária.  

Porém, o cuidado com as raças que possuem problemas de pele em geral, também deve ser tomado, pois há chances de evoluírem para o câncer, como:

  • Yorkshire;
  • Husky Siberiano; 
  • Golden Retriever; 
  • Sharpei; 
  • Poodle; 
  • Labrador; 
  • Cocker Spaniel. 

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Como identificar?
A atenção deve ser redobrada nas regiões do corpo do pet onde tem menos pelos, pois elas ficam mais expostas por não estarem protegidas com eles. 

Exemplos disso, são a barriga e a virilha e também embaixo das unhas. Sobre o aspectos externos da doença, eles são: 

  • queda excessiva de pelo, podendo deixar buracos; 
  • ferimentos que não cicatrizam depois de um bom tempo, mesmo com tratamento adequado;  
  • vermelhidão;
  • úlcera;
  • ferimentos com crostas 

Como prevenir?
Sabe aquelas dicas que ouvimos a vida inteira sobre exposição solar? Então, elas também servem para os nossos bichanos. 

No caso deles, mais especificamente: não deixá-los totalmente expostos ao sol, sempre possibilitar um espaço com sombra, pode ser um teto, uma árvore, etc. Isso deve ser ainda mais rigoroso das 10h às 16h. 

Além disso, se ainda não sabe, faça do protetor solar para pet um dos itens da listinha de compras do amiguinho. Segundo a veterinária Júlia Severo, os tutores devem passá-lo onde não há pelos, principalmente na barriga, orelha e focinho.

A quantidade de pelagem também importa! E ela não é como muitos tutores pensam, como um cobertor. Por isso, não fazem diferença quando o assunto é aumentar o calor.  

Na verdade, servem para regular a temperatura, para a proteção deles, e não o contrário. Portanto, ainda segundo Severo, uma tosa feita de maneira errada pode prejudicar a saúde dos pets. 

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Como tratar?
Com uma equipe especializada em Oncologia Veterinária, os profissionais da Vet Quality explicam que o tratamento divide-se em dois: 

Paliativo: quando não há chances de cura, é feito apenas para aumentar a vida e melhorar a qualidade dela, bem como o bem-estar no animal. Os remédios, nesse caso, servem para diminuir dores e recompor as funções vitais.

Curativo: mais positivo e eficaz quanto a salvar a vida dos bichos, esse tratamento é para livrá-los da doença através de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. 

Diagnóstico
Somente um médico veterinário é capaz de realizar o diagnóstico definitivo. Nós, como tutores, devemos sempre observá-los, e no primeiro sinal estranho, levá-los a um especialista. 

Na clínica, o profissional realiza uma biópsia e análise histopatológica, para obter mais detalhes sobre tipagem, estágio da doença, etc. 

Não há pai de pet no mundo que imagine o seu amor de 4 patas passar por uma doença como o câncer de pele. E sempre é bom lembrar que quanto antes for diagnosticado, mais chances de livrá-los tanto dessa, quanto de qualquer enfermidade. 

Por isso, a melhor dica é manter a regularidade das visitas em um hospital veterinário 24h