Secretários deverão ir à Câmara explicar perda da Estrella Galícia
Flávio Faria e Hudson Vilas Boas irão à Câmara em data a ser confirmada
Os vereadores Paulo Tadeu (PT) e Antônio Carlos Batista (PT) tiveram aprovado ontem, 18, um convite para que a Prefeitura explique os motivos da perda da empresa Estrella Galícia.
O convite é para que o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento e Trabalho, Flávio Faria (Rede), e para que o secretário de Cultura e ex-secretário de Desenvolvimento e Trabalho, Hudson Vilas Boas, compareçam à Câmara Municipal, em data a ser confirmada, para discutir as razões da desistência da empresa Estrella Gallícia em se instalar em Poços de Caldas depois do protocolo de intenções e demais tratativas terem sido feitas nos últimos anos.
“O convite tem como objetivo trazer ao debate as razões pelas quais o Município deixou de receber investimentos já decididos, inclusive com a participação da Prefeitura, DMAE e Governo do Estado”, argumentam.
SECRETÁRIOS
Entre abril e agosto deste ano, o vice-prefeito Flávio Faria deixou o comando da Sedet porque pretendia disputar as eleições de outubro como candidato a deputado estadual.
Em seu lugar, assumiu interinamente o titular da Secult, Hudson Vilas Boas. De acordo com nota oficial da própria Estrella Galícia, há cerca de três meses o município foi informado extraoficialmente que a empresa desistiria de fazer o investimento de R$ 100 milhões na planta local. Portanto, a desistência ocorreu no período em que Hudson era o secretário. Desta maneira, os vereadores querem saber mais detalhes sobre a atuação dos secretários no episódio.
ALEGAÇÕES
Em nota de esclarecimento, a Prefeitura confirmou que a multinacional fez o comunicado oficial através de um ofício de duas páginas, no 21 de agosto passado, onde relata que “motivos de ordem empresarial” exigiram uma revisão no projeto de instalação da primeira unidade da empresa fora da Espanha.
Segundo o ofício da Estrella Galícia, tais motivos foram explicados de forma verbal ao prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) em “um passado recente”, no caso, três meses antes do ofício. A empresa disse que os motivos “fogem do controle ou responsabilidade da empresa” pesaram na desistência.