Pautando 22/09/21
Na coluna Pau…tando, leia o que acontece de mais importante nos bastidores políticos de Poços de Caldas.
MOÇÃO 1
Foi aprovada na sessão ordinária de ontem, 21, (acompanhe a partir dos 55 minutos) uma moção de apelo à Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, para manter o veto do governador Romeu Zema (Novo) sobre o projeto de lei 24.909/2021 do deputado estadual André Quintão (PT), que trata da discriminação contra orientação sexual, identidade de gênero ou expressão de gênero de uma pessoa. A moção é de autoria dos vereadores Roberto Santos (PRB), Wellington Paulista (DEM), Marcelo Heitor (PSC), Claudiney Marques (PSDB), Sílvio Assis (MDB), Kleber Silva (Novo) e Wilson Silva (DEM).
MOÇÃO 2
O vereador Roberto Santos, que é pastor, considera que o projeto é uma aberração de deputados de esquerda que tentam denegrir a família tradicional e conservadora. “Temos que apelar à ALMG, pois o Estado de Minas é conservador e católico e não podemos aceitar projeto desta natureza”, disse. O vereador deixou claro que a preocupação é que o projeto puna as igrejas, que não raro, costumam realizar justamente o tipo de discriminação prevista na proposta.
continua depois da publicidade
MOÇÃO 3
O vereador Claudiney Marques, outro autor da moção, admitiu que a questão é polêmica, mas que o debate não é sobre orientação sexual. “Orientação sexual ninguém aqui é contra. Eu convivo na casa de pessoas bissexuais e homossexuais. Nós estamos falando aqui de ideologia de gênero. A tal ideologia de gênero é a ideologia mais nefasta que mentes humanas produziram. Mesmo aquelas ideologias como o nazismo e o fascismo, que tanto mal causaram à humanidade, não foram tão nocivas como esta. Por que aquelas, pelo menos, o tanque vinha em sua direção, os soldados com baionetas vinham na sua direção e você via. Já essa não. Ela come pelas beiradas e vai destruindo a família”, analisou o vereador, que disse ser formado em Filosofia e Direito e estudioso de História.
MOÇÃO 4
A vereadora Luzia Martins (PDT), de forma mais tolerante e humanista, procurou desmistificar a ideologia de gênero. “É o entendimento que as pessoas têm de sua própria identidade”, avaliou. Ela lembrou ainda que estamos no Setembro Amarelo, que combate o suicídio, e destacou que muitos adolescentes e jovens sofrem por não serem incompreendidos justamente porque não entendem a sua própria identidade. “Quantos adolescentes deram cabo da própria vida por não se entenderem?”, questionou. A moção foi aprovada por 8×5.
* Diretor do Jornal da Cidade