Pau…tando | 04-05/08/18
Na coluna Pau…tando, leia o que acontece de mais importante nos bastidores políticos de Poços de Caldas.
PRENÚNCIO 1
A falta de pagamento de salários e da primeira parcela do 13º salário para servidores municipais da Águas Minerais Poços de Caldas sinaliza uma situação que pode vir a se estender para todo o funcionalismo público municipal caso providências concretas não sejam tomadas em relação ao impacto da folha de pagamento dos servidores. O município possui mais de 6 mil servidores, sem contar cargos comissionados, contratados e estagiários. Além disto, entre os servidores, existe ainda uma parcela de aposentados que seguem na ativa e recebem altos salários, valores que não se vê na iniciativa privada.
PRENÚNCIO 2
Desta maneira, além da crise econômica, parte da incapacidade do município em fazer novos investimentos se deve também pelo impacto da folha de pagamento, especialmente da parcela de servidores que recebe pequenas fortunas mensais, sendo que alguns ainda por cima vivem em uma zona de conforto, respaldados pela estabilidade e pela aposentadoria compulsória que os mantém no serviço público até 75 anos.
PRENÚNCIO 3
Não adianta a atual gestão municipal se esforçar em fazer cortes de gastos, afetando serviços e investimentos, se não for na raiz do problema que é a folha salarial e o regime jurídico que engessa o funcionamento da máquina pública. A austeridade, pelo que se tem visto na prática, tem servido para fazer caixa para cumprir o pagamento de salários.
SURPRESA
Não deve ter passado pela cabeça do mais pessimista servidor público das Águas Minerais Poços de Caldas que seis dias depois da festa de lançamento da primeira loja de varejo da empresa, que a equipe fosse surpreendida pela falta de pagamento de salários. Principalmente porque houve investimento de R$ 60 mil na abertura do espaço e em melhorias na sede da empresa, o que poderia sinalizar que a situação financeira não fosse tão séria ao ponto de não haver dinheiro em caixa para cobrir a folha de pagamento.