Ordem do Dia 30/07/24

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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista Político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.

Existe uma regra universal, e imemorial, creditada ao bom senso: não se discute religião, política ou futebol. A explicação é simples: cada um, e cada qual, pode ter uma posição defensável, e diferente, sobre tais assuntos.

Não cabendo julgamento de valor, transação comercial ou contratual em torno disso, pois seriam artigos de fé, gosto ou convicção. Uma discussão não levaria a nada. Salvo o desgaste das partes envolvidas.

Mas isso em tese: na prática, discutimos esses assuntos o tempo todo. Literalmente, até a morte.

Mas há situações em que criticar, zombar ou insultar as convicções políticas, religiosas ou esportivas, de quem quer que seja, não seria apenas grosseiro: seria uma estupidez inaceitável, passível das mais sérias reprimendas.

Isso se daria quando o anfitrião, numa solenidade de congraçamento oficial, insulta seus convidados gratuitamente. Sem nenhuma razão, vantagem ou explicação para isso.

Esse fenômeno ocorreu na abertura das olimpíadas de Paris, neste ano, quando fizeram da Santa Ceia objeto de escárnio sexista. Supremo mal gosto, falta de educação e, sobretudo, grotesco.

Trata-se de um arrogante elogio à decadência cultural. Ou um desrespeito generalizado. Ridículo.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com