Ordem do Dia 29/07/24
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista Político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
Objetivando diminuir as despesas com a campanha eleitoral, reduziram sua duração, instituindo uma aberração denominada “pré campanha”. Que não seria nem uma coisa, nem outra.
Cheia de restrições e proibições, a tal pré campanha coloca os candidatos na condição de “ligeiramente grávidos”, prenhes de expectativas e desconfianças. Sujeitos a reprimendas e decepções. Mas destituídos da certeza da concepção.
Ainda virgens, mas não Marias, ungidas pelo Espírito Santo. Já chegando ao final desse período, com a maioria dos nomes dos candidatos já definidos, as atenções se voltam para a composição de chapas.
Com as alianças correspondentes, visando ampliar o espectro da campanha. Cuja face mais visível seria a escolha dos respectivos vices, nas sempre confusas convenções.
Daí a pergunta: para que serve o vice? Para muito pouco, do ponto de vista eleitoral, mas com grande capacidade destrutiva, do ponto de vista político. Vejamos.
O vice serve, inicialmente, para balizar a chapa. Seja do ponto de vista partidário, seja moral, seja ideológico ou mesmo funcional.
Mas se uma escolha dessas pode ser quase irrelevante, do ponto de vista da soma de votos, um erro de escolha pode desagregar qualquer aliança.
Tornando-a incongruente, descombinada, inverossímil, ou pior, não acrescentando nada à chapa. Apenas “mais do mesmo”, ou simples problemas de relacionamento.
Portanto, em termos de escolha de vice, em qualquer chapa, “muito ajuda quem não atrapalha”. O vice pode não ser uma solução eleitoral, já que o mais importante seria a cabeça de chapa. Mas pode se tornar um atalho para a derrota.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com