Ordem do Dia 29/05/24

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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista Político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia. 

Pesquisa divulgada da Atlas-Intel, realizada na Capital mineira, coloca Cleitinho na liderança para a disputa do governo de Minas Gerais.

O senador de Divinópolis soma 40% das intenções de voto. Em segundo vem Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, com 32%. Mateus Simões, vice-governador do Zema, estaria em terceiro, com 13%.

O quadro da pesquisa apresenta candidatos pouco convincentes. A começar de Pacheco, que recentemente afirmou que vai abandonar a política. Não seria candidato, portanto.

O líder nas pesquisas seria um político rigorosamente despreparado, do ponto de vista administrativo, intelectual ou profissional.

Que se notabilizou pela desfuncionalidade, histrionismo generalizado, comportando-se como uma espécie de “mosca na sopa” de muita gente. Basicamente, notório por sua recorrente inconveniência, sempre jogando “para a galera”.

Já Mateus Simões seria a continuidade da administração mais catastrófica da história de Minas, do ponto de vista financeiro, político e administrativo.

Isso, segundo os números oficiais, divulgados pelo próprio governo Zema. Que, curiosamente, não conseguem muita atenção. Está difícil.

Entretanto, trata-se de uma pesquisa notadamente especulativa. Serve, sobretudo, para testar alguns nomes em determinados universos. Não permite qualquer conclusão.

Para começar, antes da eleição para o governo, haverá as eleições municipais. E Belo Horizonte, embora não seja exatamente Minas Gerais, costuma ter resultados surpreendentes.

Vitórias como a de Célio de Castro e Márcio Lacerda, quando candidatos a prefeito, bem como a surpreendente votação de Marina, a atual ministra, quando candidata à presidência, mostra a volatilidade do eleitorado da Capital. Que, no último segundo turno, deu expressiva vitória a Bolsonaro.

Seria importante destacar que a pesquisa de intenção de voto, nesse momento, diz mais sobre o eleitorado do que sobre o candidato.

Este, sempre disposto a ser uma “metamorfose ambulante”, ou uma “mosca na sua sopa”, conforme os interesses – e tal como disse o cancioneiro popular.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com