Ordem do Dia 29/01/24
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
Definitivamente, a gestão de assuntos econômicos não é o forte dos governos petistas. Essa é uma marca sustentada por fatos recentes e passados.
Pela terceira vez, o governo Lula tenta emplacar Guido Mantega, em alguma posição de mando, e fracassa solenemente.
Primeiro, tentaram na Comissão de Transição. Mantega teve que sair corrido. Depois, no Banco Interamericano de Desenvolvimento. Correram com ele. Depois, na direção da Vale do Rio Doce.
Foi defenestrado, em virtude resistência dos acionistas e por ter provocado uma crise no mercado acionário da empresa.
Por onde vai, o ex ministro Mantega é visto como maldito. Não é para menos. Juntamente com Dilma Rousseff, provocou a maior recessão da história do Brasil.
Ambos realizaram, entre outras proezas, as “pedaladas fiscais”, que seriam uma espécie de fraude, de graves consequências.
Ela sofreu o impeachment e ele foi inabilitado, pelo TCU, sendo proibido de ocupar qualquer cargo público. Uma espécie de “persona non grata”, onde quer que vá. Somente os birutas do PT acreditam nele.
Na sequência, Haddad reclamou da “confusão”, no anúncio do “pacote industrial”. Ele não fora informado dos detalhes, assim como Lula, e simplesmente não compareceu à cerimônia de lançamento.
Teria sido uma falseta do Mercadante, presidente do BNDES. Como diria o cancioneiro popular, “ciúmes de você…”.
Mercadante é um economista mal visto no meio acadêmico. Não é levado a sério.
Isso desde que publicou um livro, na época do Plano Cruzado, fazendo considerações estapafúrdias. Foi ridicularizado. Por outro lado, esse pacote industrial seria uma espécie de “relíquia histórica “.
Isso pode ser comprovado ao compulsarmos reconhecidas obras de F. R. Versiani (escreveu diversos textos sobre o tema), ou de W. Suzigan (igualmente reconhecido), que tratam da formação econômica do Brasil.
Especialmente da indústria e da proposição de políticas públicas para seu fomento. Veremos que esse “pacote industrial” nasce como peça de museu.
Enquanto isso, fundamentos modernos para a indução do crescimento industrial, tais como segurança jurídica, ambiente econômico favorável, responsabilidade fiscal e política tributária racional, seguem esquecidos.
Como diria o italiano Mantega, “e la nave va…”.