Ordem do Dia 28/03/25

A imprensa mineira, representada, entre outros, pelo experiente e respeitável jornalista Polli, tem repercutido a possível candidatura de Aécio Neves, a governador das Gerais.
Em que pese ter caído em desgraça, em virtude de um bisonho e inexplicável telefonema, Aécio tem currículo e serviços prestados, na qualidade de governador reeleito.
Os que têm memória sabem disso. Não se tem notícia, nos últimos vinte e cinco anos, de um período mais auspicioso para o Estado de Minas Gerais.
Antes da passagem de Aécio, com a colaboração técnica de Anastasia, pelo governo mineiro, vivíamos em penúria.
Os servidores públicos não recebiam em dia, e chegaram a não receber o 13o. salário. Não se falava em reajustes salariais. Não havia obras ou projetos capitaneados pelo Estado.
Havia muito o que lamentar. Aécio encontrou uma situação catastrófica nas contas públicas, com o Estado super endividado e sem nada para apresentar, a exemplo do que se vê hoje, no governo Zema.
Cujo legado será o maior endividamento do Estado, do período republicano. Sem realizar uma única obra, ou projeto, relevante. Uma verdadeira ruína histórica. É de sentar e chorar.
Aécio "fez a banda tocar". Anastasia levou o Estado ao "déficit zero", o que não mais se vê há muitos anos. Aqui ou lá, no governo federal.
Entretanto, o que foi não necessariamente será. O retorno de Lula ao governo, e a decepção correspondente, dizem isso.
Ainda que não haja concorrente à altura, Aécio terá como sombra a própria reputação abalada. E uma conduta política irrelevante, nos últimos anos.
Seu partido, o PSDB, que do que representou resta apenas a sigla, não inspira mais ninguém. Nem sequer confiança.
Seus antigos membros seguem dispersos, "erguendo estranhas catedrais", conforme o verso do cancioneiro popular.
"Nada do que foi será", lembrando novamente o cancioneiro. É o que parece. O que restaria aos mineiros? Diante das opções catastróficas, representadas por tristes figuras, tais como Mateus Simões, Cleitinho ou Nikolas?
Algo pode ser dito: as lideranças mineiras já foram melhores. Mas não se vive do passado. Embora seja sempre necessário consultá-lo. Principalmente quando o futuro se mostra obscuro e sem esperança.
Eis o busílis.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com
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