Ordem do Dia 28/03/25

Mar 27, 2025 - 20:57
Ordem do Dia 28/03/25

A imprensa mineira, representada, entre outros, pelo experiente e respeitável  jornalista Polli, tem repercutido a possível candidatura de Aécio Neves, a governador das Gerais. 

Em que pese ter caído em desgraça, em virtude de um bisonho e inexplicável telefonema, Aécio tem currículo e serviços prestados, na qualidade de governador reeleito. 

Os que têm memória sabem disso. Não se tem notícia, nos últimos vinte e cinco anos, de um período mais auspicioso para o Estado de Minas Gerais. 

Antes da passagem de Aécio, com a colaboração técnica de Anastasia, pelo governo mineiro, vivíamos em penúria. 

Os servidores públicos não recebiam em dia, e chegaram a não receber o 13o. salário. Não se falava em reajustes salariais. Não havia obras ou projetos capitaneados pelo Estado. 

Havia muito o que lamentar. Aécio encontrou uma situação catastrófica nas contas públicas, com o Estado super endividado e sem nada para apresentar, a exemplo do que se vê hoje, no governo Zema. 

Cujo legado será o maior endividamento do Estado, do período republicano. Sem realizar uma única obra, ou projeto, relevante. Uma verdadeira ruína histórica. É de sentar e chorar. 

Aécio "fez a banda tocar". Anastasia levou o Estado ao "déficit zero", o que  não mais se vê há muitos anos. Aqui ou lá, no governo federal. 

Entretanto, o que foi não necessariamente será. O retorno de Lula ao governo, e  a decepção correspondente, dizem isso.  

Ainda que não haja concorrente à altura, Aécio terá como sombra a própria reputação abalada. E uma conduta política  irrelevante, nos últimos anos. 

Seu partido, o PSDB, que do que representou resta apenas a sigla, não inspira mais ninguém. Nem sequer confiança. 

Seus antigos membros seguem dispersos, "erguendo estranhas catedrais", conforme o verso do cancioneiro popular. 

"Nada do que foi será", lembrando novamente o cancioneiro. É o que parece. O que restaria aos mineiros? Diante das opções catastróficas, representadas por tristes figuras, tais como Mateus Simões, Cleitinho ou Nikolas? 

Algo pode ser dito: as lideranças mineiras já foram melhores. Mas não se vive do passado. Embora seja sempre necessário consultá-lo.  Principalmente quando o futuro se mostra obscuro e sem esperança. 
Eis o busílis.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com 

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