Ordem do Dia 27/03/25
Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia

Entre as acusações que pesam sobre Bolsonaro, e sua simpática turminha (que conta, inclusive, com um ex-desembargador, sujeito a surtos psicóticos, em pleno STF), haveria o "atentado" ao sistema eleitoral brasileiro. E essa seria a razão da inelegibilidade do ex-presidente.
Todos sabem da campanha nacional, e internacional, contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.
Chegaram a contratar hackers, videntes argentinos, laudos duvidosos, toda sorte de sortilégios, pragas e xingamentos, contra os protocolos eletrônicos da Justiça Eleitoral.
Até embaixadores foram convocados, como se o Planalto fora a Corte de St. James. Ou Versalhes, sob Luiz XIV, o "rei sol".
Sob o pretexto de um importante anúncio de sua majestade, o então presidente Bolsonaro. Tratava-se de um ataque internacional às urnas eletrônicas.
"De repente, não mais que de repente", como disse o poeta, Trump cita o sistema eleitoral brasileiro, especialmente seus protocolos eletrônicos de segurança, como exemplo a ser seguido - e adotado - nos EUA.
Isso, expresso num documento oficial. Como diria outro poeta: "e agora, José?". Hordas ululantes de néscios, negacionistas, pecadores que se apresentam como carregadores de bíblias, investiram seus maus humores contra as urnas eletrônicas e seus anexos.
Chegaram a discutir o tema no Congresso Nacional, através de proposições legais, visando o retorno às urnas manuais. Voto de papel. Fofo.
Mas eis que Trump, o herói vingador dos néscios e amalucados, mundo afora, apresenta tal falseta.
E agora, José?
Qual será a desculpa, ou providência, a ser tomada? A inadvertida atitude de Trump vem reforçar as acusações, e condenações, que vitimaram Bolsonaro e sua simpática turminha.
Já que estamos no campo literário, a esses, órfãos do voto de papel, talvez reste invocar Jorge Amado, ou o próprio Charles Bukowsky, o beatnik louco e bêbado, e desfiar os palavrões correspondentes.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com
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