Ordem do Dia 27/02/25

Com o anúncio de tarifas lineares sobre produtos da União Europeia, da ordem de 25%, temos Trump, novamente, atacando tradicionais aliados. 

O presidente dos EUA, depois de falar besteiras publicamente, e de ser corrigido e  desmentido pelo francês Macron e pelo Russo Putin, volta-se contra a Europa Ocidental. E não fica nem vermelho. 

Não sem antes romper um acordo feito com a Venezuela, possibilitando que a petroleira Chevron negociasse petróleo daquele país. Não mais. 

Efetivamente, não há distinção entre aliados e adversários para Trump. Troca um pelo outro facilmente. 
Certamente haverá reações. Abre-se nova frente na guerra comercial promovida por  Trump.  

Com isso, desponta uma oportunidade para o Brasil, para ocupar novos mercados, a qual não temos condições objetivas para aproveitar. 

Não só em em razão do "custo Brasil", capitaneado pela insegurança jurídica, baixos níveis tecnológicos e de produtividade, além de uma burocracia estonteante. 

Temos sérios problemas de infra estrutura e logística. As condições fiscais das contas públicas, que o governo piora cada vez mais, afastam investidores. 

Finalmente, a poupança interna é irrelevante e a capacidade de investimento do governo, super endividado e com juros nas alturas, é nula. Não teria para onde correr. 

Os choques tectônicos na economia mundial, a caminho, poderiam tornar o Brasil um território aprazível para investidores e investimentos. De toda ordem. 

Mas tudo indica que nos sobrarão apenas migalhas, diante das citadas dificuldades. Essa é a realidade. Os tubarões internacionais não são de brincadeiras e não têm misericórdia ou tolerância por ninguém.

Ainda que Deus seja brasileiro, esse pessoal não acredita em Deus. E nem mesmo o Sidônio assumindo a condição de Papa vai mudar isso.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com