Ordem do Dia 27/10/23

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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia. 

A história da dívida pública, do Estado de Minas Gerais, continuou a ser exposta, em Audiência Pública, na Assembleia.

Os maiores crescimentos percentuais, da dívida, deram-se nos governos Itamar Franco e Aécio Neves. O primeiro, decretou a moratória, frente à União.

O segundo, teria tido esse desempenho, segundo sua assessoria, atrelado ao crescimento vegetativo da dívida, em virtude de novos índices de correção. Já que, segundo consta, praticou o “déficit zero”, a partir do segundo ano de seu governo, que durou sete anos.

Percentualmente, os mais comportados, foram os governos Anastasia e Pimentel. Observaram o menor crescimento percentual, da dívida pública.

Pimentel seria o alvo preferencial das críticas de Zema, a quem atribui a responsabilidade pelas desditas de seu governo. Pimentel já processou Zema por essa razão, tendo obtido êxito, segundo o próprio Pimentel.

Já o campeão, pelo crescimento nominal da dívida, seria Zema. A dívida cresceu, em cinco anos de seu governo, 51 bilhões de reais. Cerca de 1/3, de toda a dívida, foi construída durante o período Zema.

Para efeito comparativo, Anastasia também governou 5 anos. Comparativamente, o crescimento da dívida, durante os cinco anos de Zema, foi maior em cerca de 150%, que os cinco anos de Anastasia.

Esses seriam alguns parâmetros. Caberia aos leitores, a partir dos fatos, desenvolver suas próprias opiniões.

Liminares e provimentos judiciais, requeridos durante o governo Pimentel – mas que somente deram resultado durante o governo Zema – permitiram ao Estado suspender o pagamento da dívida. Zema se aproveitou dessa “folga” para colocar em dia o pagamento com os servidores, entre outros.

Entretanto, teve como resultado mais endividamento. Zema se gaba de ter resolvido o problema dos servidores. Não resolveu. Apenas se endividou mais.

A administração Zema jamais conseguiu equilíbrio nas contas públicas, ou qualquer tipo de resultado administrativo digno de nota. Nem mesmo nas estatais mineiras, que vivem grande decadência, segundo os resultados oficiais de seu desempenho.

Politicamente, seu governo foi lamentável, em termos de relacionamento com o Poder Legislativo e com determinados setores do funcionalismo.

Por fim, decidiu empurrar “goela abaixo” o tal Regime de Recuperação Fiscal, sem qualquer explicação.
Aí estão algumas explicações, segundo números oficiais.

A “conversa mole” de Zema enganou muita gente, que desconhecia alguns fatos. Aí estão. Cada um que tire suas conclusões.