Ordem do Dia 26/01/24

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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia. 

O escândalo da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), sendo investigada e acusada pela Polícia Federal, traz algumas lembranças.

O atual imbróglio envolve o governo Bolsonaro e seus filhos, que foram alvos de investigações criminais. Teriam usado a Abin para se proteger desses processos.

Além disso, instrumentalizaram a Agência para espionar adversários. Inclusive, ministros do STF e a promotora do caso Marielle. O que, provavelmente, em nada irá abalar as convicções dos bolsonaristas.

E considerando a legislação leniente do Brasil, que costuma salvar bandidos de toda espécie, nada ocorrerá em desfavor dos Bolsonaro. E, francamente, não causa nenhuma surpresa.

A utilização de agências de espionagem, para fins ilegais, faz parte da literatura e da filmografia universal. De “James Bond”, passando por “Missão Impossível” e chegando às reconhecidas obras de John le Carré, é o que mais se vê: espiões prevaricando. Às vezes sob o beneplácito de “Her Majesty The Queem”.

Os que acompanharam o caso WeekLeaks viram algo assim, na realidade. Esse procedimento delinquente, no âmbito do governo federal, é visto comumente desde o caso do “mensalão”, passando por muitos outros escândalos, muito maiores. Não é novidade.

O que nos faz considerar que o maior exemplo de crime organizado se encontra no Planalto, há muito tempo. O PCC seria uma imitação barata.

Não podemos, simplesmente, deixar como está. Mas o banditismo governamental tem sido o “novo normal”, assim como o descontrole climático. O perigo será se nos acostumarmos a isso e “normalizarmos” tais fenômenos. Aí, danou-se.