Ordem do Dia 24/10/23
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
A guerra na Ucrânia não acabou. Mas anda encruada como nunca. A guerra do Hamas com Israel, por sua vez, mal começou. E ameaça seguir o mesmo caminho. O próprio Netanyahu afirmou que será “longa”.
Será tão longa nossa paciência? A indagação seria razoável na medida em que, ambas as guerras, têm o condão de ofender a razão. A primeira, por ser rigorosamente desnecessária, feita a partir da ambição desmedida de um único homem: Putin.
A segunda, seria igualmente cansativa, porque parece ser mais um capítulo de uma novela que se arrasta há novecentos anos. Ou mais. A região do Oriente Médio seria, por definição imemorial, uma região de conflito.
Alguém discorda?
Enquanto isso, o restante do mundo enfrenta problemas bem menos dramáticos, mas que merecem alguma atenção.
Campos Neto, o presidente do Banco Central, em palestra dada ontem, apostou no recrudescimento da taxa de juros.
Do Brasil? Pior: dos EUA, o que elevará a nossa taxa e a do restante do planeta. O temor seria que os juros altos teriam um caráter estrutural e que vieram para ficar.
No mesmo tom desconfortável, a China anunciou a mudança de seu modelo econômico, para um cenário com “ênfase na inovação e no consumo”. Isso implica, no curto prazo, em menor crescimento econômico. E em dúvidas generalizadas.
Na verdade, analistas internacionais têm dito que a China enfrenta uma grande crise no setor imobiliário, semelhante à que afetou os EUA há alguns anos, levando a uma recessão mundial. Seria mais um grande “mico” imobiliário, ainda não assumido pela turbidez chinesa, típica em seus negócios.
Campos Neto também mencionou tal cenário. Portanto, a política econômica do atual governo brasileiro, em arrastada votação no Congresso, se apresenta com sabor de pão dormido e dependente de outras freguesias.
Inclusive da “freguesia” das cúpulas do Congresso, que nunca estiveram tão pimponas e fagueiras… Temos nós, aqui mesmo, nossas guerras de poder e vaidade.