Ordem do Dia 22/03/25
Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia

Em 2013 foi publicado o livro "Anatomia de um assassinato", de Philip Shenon. Teria sido a descrição definitiva do assassinato de Kennedy, escrito após a liberação do relatório, e arquivos, da Comissão Warren, formada para investigar o assassinato do ex-presidente dos EUA.
Liderada pelo presidente do Supremo Tribunal daquele país, a Comissão teve, entre seus membros, Gerald Ford, então parlamentar, que veio a substituir Richard Nixon, quando de sua renúncia da Presidência americana, em virtude do escândalo de Water Gate. Esse mundo é uma "quitinete".
O livro de Shenon, então em destaque, trouxe o assassinato no contexto da Guerra Fria. E não chegou a fazer nenhuma revelação que alterasse a autoria do crime.
Entretanto, diversos personagens brasileiros e norte-americanos vêm a lume, no âmbito da conspiração que resultou no Movimento golpista de 1964.
O próprio Kennedy deu sua contribuição. E até um porta-aviões nuclear, o Forrestal, esteve na parada. Sua frota seria capaz de redefinir qualquer apoio militar, em torno do Movimento.
Daí o conceito de "Movimento": 1964 implicou numa trama de envergadura internacional, do interesse de países como EUA, Cuba, China, URSS... Barra pesada.
O que, ao fim e ao cabo, mostram os passos tatibitate, ou Tabajara, do movimento bolsomita. Um fracasso com hora marcada.
Agora, Trump liberou o remanescente de alguns documentos restantes, sobre o tema. Nada há de importante. Apenas mais do mesmo.
A Comissão Warren trabalhou bem. Sobretudo, esclareceu que o assassinato de Kennedy contou com a incompetência das tradicionais agências dos EUA: CIA, FBI, NSA, etc.
Uma sopa de letrinhas cheia de erros. O personagem mais interessante que remanesce dessa obra, além do próprio Lee Oswald, teria sido sua mãe.
Essa senhora tentou, de maneiras bizarras, lucrar com o nome do filho assassino. Um comportamento verdadeiramente grotesco. Oswald teve a quem puxar.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com
Qual é a sua reação?






