Ordem do Dia 20/11/23
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
Não há mais segredo: a administração Zema é feita de mentiras, primarismo político e incompetência generalizada.
Esta coluna, e este colunista em outras publicações, buscou esclarecer, por diversas vezes, o quadro que se apresenta.
Não seria apenas o brutal endividamento a principal obra de Zema. A ameaça de se atrasar, e parcelar, os vencimentos dos servidores públicos, diz claramente: é mentira a suposta solução salarial do setor público, tão alardeada por Zema. Não houve solução alguma. Apenas endividamento.
As grosserias e os insultos, que Zema distribuiu no mundo político, inviabilizaram sua capacidade de negociação e de diálogo. Oficialmente, o governo “jogou a toalha” e pediu para presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, negociar a dívida de Minas junto à União.
Como diria Boris Casoy, “isso é uma vergonha”. Zema pôs Minas de pires na mão – e de joelhos. Minas Gerais tornou-se “pedinte demais”. O governo, simplesmente, não sabe o que fazer. Só sentar e chorar.
O tal regime de recuperação fiscal, de autoria de Zema, em votação na Assembleia, seria uma aberração. Propõe acabar com os aumentos dos servidores por nove anos, vender todo o patrimônio do Estado e aumentar a dívida de 165 para 210 bilhões de reais.
Detalhe: as isenções e benefícios fiscais, destinadas aos empresários amigos de Zema, vão até aumentar. E muito. Uma farra. Pode? Calígula, imperador romano, transformou as mulheres dos senadores em prostitutas, para reforçar o caixa do Império.
Talvez seja melhor não dizer isso ao Zema. Vai que ele gosta da ideia… Poderia lançar o programa “Minas de tolerância”. Enfim, a eleição de Zema mostrou-se uma tragédia. Só nos resta lamentar. Rezar também pode.