Ordem do Dia 14/03/25

Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia

Mar 14, 2025 - 17:50
Ordem do Dia 14/03/25

 Duas expressões muito comuns, no passado, não são mais citadas atualmente. Nem mais parecem fazer sentido, embora tivessem tido importância para muitos. 

Seriam "possuir peso e medida" e "não fazer papel ridículo". Possuir "peso e medida" seria, então, o principal atributo de uma ação, ou pessoa, razoável. Mais ainda: confiável. 

Essa virtude qualificava um indivíduo, ou uma ação qualquer, nas mais diversas áreas ou setores da vida. Seja profissional, moral ou familiar. 

Até os sacerdotes buscavam balizar seus conselhos em ponderações razoáveis, evitando excessos. Ou mesmo para fugir do  fundamentalismo. 

A outra expressão, "não fazer papel ridículo", iria na mesma linha. Seria evitar comportamentos histriônicos, ou exagerados, primar por uma certa discrição, de modo a não se expor. 

Uma das maneiras de se evitar uma posição ridícula seria o comedimento. Principalmente evitar se meter em assuntos os quais desconhece. Não falar besteiras ou fazer bobagens, portanto. 

Procurar se informar adequadamente,  antes de opinar, também estaria nessa seara. Pois bem. 
Qual referência  política, artística, ou social exerceria, hoje, semelhantes primados? 

Qual delas têm feito sucesso, ou obtido a atenção ou admiração geral? Especialmente nas redes sociais, setor que aparentemente pauta a vida em sociedade? Difícil responder. 

Resumindo a análise à atividade política, quais lideranças nacionais, estaduais,  ou mesmo estrangeiras, buscariam equilibrar suas condutas por esses valores? Se conduzir com "peso e medida" ou "evitar o ridículo"? 

Lula? Bolsonaro? Pablo Marçal? Datena? Donald Trump? Zema? (o devorador de bananas com casca). Witzel? (aquele do Rio de Janeiro, adepto do "tiro na cabecinha"). 

Aparentemente, as pessoas não mais se importam com a própria reputação. Em Minas, foi anunciada uma possível dobradinha governamental entre Cleitinho e Nikolas. 

Alguém consegue imaginar uma dupla mais histriônica que essa? Ou mais ridícula, exagerada? Estão a liderar pesquisas e têm atraído milhões de votos. 

As pessoas sempre gostaram de palhaços. No Circo. Hoje os palhaços têm dominado diferentes setores. 
Ou o Circo estaria bem maior.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com 

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