Ordem do Dia 12/12/23
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
Uma articulação entre os conselhos regionais, com o conselho federal de economia, elegeu Dilma Rousseff, responsável pela maior recessão da história do Brasil, “mulher economista do ano”. Pelo conjunto da obra. Essa indicação, criada em 2020, até o momento, só teria laureado economistas ligadas ao PT.
Logo, ser mulher, ou economista, seria apenas um detalhe. Ter méritos, idem. O critério seria partidário. Valeria, sobretudo, a filiação política.
Parece ridículo. Além de ser um insulto às mulheres economistas, de alta competência, que temos no Brasil. A começar por Maria da Conceição Tavares, aos 93 anos, entre muitas outras. Poderia testemunhar sobre o estrago, fundado na irresponsabilidade fiscal, praticado por Dilma, quando presidente.
Defendi uma dissertação, em 2021, junto ao Departamento de Pós-graduação da Faculdade de Direito, da UFMG, tendo esse assunto como “pedra de toque”.
Foi examinado, nesse estudo, o processo de impeachment da ex-presidente, que somou cerca de 27.000 laudas. Além de vasta bibliografia.
Nos autos, foram demonstradas, à exaustão, as inúmeras irregularidades administrativas cometidas por Dilma. Configuraram crime de responsabilidade, levando-a ao impeachment. E o Brasil à recessão econômica. A maior da história.
Alguns chamaram a reprimenda de “golpe”. De fato, houve golpe. Mas este ocorreu durante o julgamento, no Senado. Na ocasião, presidido por Lewandovsky (então ministro do STF), signatário da sentença. Burlaram a legislação, livrando Dilma da pena acessória da inelegibilidade, na pura “malandragem”. Esse seria o “golpe”. Uma vergonha.
Cogitam, agora, nomear Lewandowisk ministro da justiça. Parece merecido, já que bandidagem ele conhece. Desde o “mensalão”. Além do que, o STF tem feito escola, nos seus espetaculares “contornos” legais, tal como Mangabeira Unger disse, frontalmente, ao ministro Barroso.
Dilma também teve duas prestações de contas, de gestão, rejeitadas pelo TCU, à unanimidade. Novamente, fato inédito na história do Brasil. O relator do processo foi José Múcio, então no TCU, hoje ministro da defesa de Lula. Poisé…
De economia Dilma entende? Seu legado diz que não. Todavia, de fraudar título de doutora, em seu currículo, ela entende. Assim como Carmem Lúcia, ministra do STF, que se dizia doutora até ser desmascarada, publicamente. Quem duvida que leia o livro “Os onze”. Está tudo lá.
Já que pretendem premiar mulheres, de méritos discutíveis, talvez devessem criar um prêmio para mulheres mentirosas. Temos, de plano, duas candidatas. Aparentemente, imbatíveis.