Ordem do Dia 12/01/24

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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia. 

Estamos em pleno janeiro de um ano eleitoral. As articulações políticas, para composição de chapas e de candidaturas, estão acelerando, vez que os prazos correm rápido. Segundo a tradição, após o carnaval começam a “bater os martelos”, concluindo alianças e acordos.

O retorno de Marta Suplicy ao PT, caminhando de volta à esquerda, seria o acontecimento mais curioso, dos últimos dias. Deverá ser vice de Boulos, em São Paulo.

Marta deixa um cargo numa administração bolsonarista e cai nos braços da extrema esquerda, ao lado de Boulos. Não é à toa que dizem: “os extremos se tocam”…

Marta não seria tão amalucada quanto Zambelli, mas mostrou-se destemperada em algumas oportunidades. Embora não tenha corrido atrás de ninguém – de arma em punho – cometeu importantes deslizes.

Seu clássico bordão mostrou-se uma das maiores baixarias da política brasileira. Certa feita, ao comentar sobre um certo problema, teria dito, em público: “se é inevitável, relaxa e goza”. Uma clara referência ao crime de estupro.

Tosco. O que diriam as feministas, os politicamente corretos, ou os canceladores das redes sociais, hoje em dia?
A carreira pública de Marta começou na TV. Apresentava-se como “sexóloga”, no programa TV Mulher, da Globo.

Outro quadro era apresentado pelo costureiro Clodovil, também dado a algumas polêmicas, mas muito mais divertido. Ambos seguiram carreira na política.

Marta enfrentou Paulo Maluf numa campanha eleitoral. Os bate-bocas entre ambos ficaram célebres. Maluf, irônico, não perdoava. Explorava o destempero de Marta, que mais tarde se revelou seu principal problema, político e pessoal.

Nos debates, na televisão, se dirigia à Marta como “professora de sexo”, em referência ao seu programa, onde se dizia “sexóloga”. Hilário.

E Marta ficava “puta da vida”. Condição teoricamente conhecida por uma sexóloga, ou mesmo por uma “professora de sexo”…

Naqueles tempos, conseguiam resultados políticos sem quebrar nada. E sem ir para a cadeia. Talvez seja o caso de retomar essas lições.