Ordem do Dia 11/03/25

Duas recentes matérias sobre economia dos EUA, uma da The Economist e outra do The Washington Post, explicam o atual imbróglio naquele país. 

Não necessariamente condenam as intenções de Trump. Mas questionam seus métodos e os prazos estabelecidos. 

Prova disso seria que adiamentos se seguem a ameaças à  imposição de tarifas. Além do que discórdias,  entre membros de sua equipe, tipo o bate boca entre Elon Musk e Marco Rubio, bem como impasses na Justiça americana, tal como a questão da USAID, mostram falhas de encaminhamento. 

O que haveria seria muita gritaria e pouco resultado. O mesmo não se pode dizer dos países ameaçados por Trump. Vide Canadá, por exemplo. 

A energia canadense, utilizada por três estados dos EUA, foi majorada em 25%. Isso representa um acréscimo de cerca de 100 dólares, em média, na despesa mensal das famílias com energia. Além das despesas empresarias com esse insumo. 

O que soma centenas de milhões de dólares mensais, indo para o Canadá. Esse país, além disso, está boicotando a importação de bebidas fabricadas nos EUA. Simplesmente todas elas. 

De suco de laranja ao bom vinho da Califórnia. Produtores brasileiros, sul-americanos e europeus agradecem. 

Pelo visto, até agora, Trump tem mirado no renascimento industrial de seu país. Tudo bem, em tese. Mas tem acertado nos interesses de outros países, que fazem a festa. 

Quem não está gostando seriam famílias e produtores dos EUA. Que, ao invés de "greats", têm ficado bravos mesmo.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com