Ordem do Dia 08/02/24

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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista Político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia. 

Nesta quinta-feira, Lula estará em Minas Gerais. Pela primeira vez, depois de eleito, virá ao Estado cumprir agenda. Isso depois de percorrer meio mundo, juntamente com Janja, que se notabilizou atropelando protocolos estrangeiros. Parece que não lhe interessam os protocolos nacionais.

Vejamos como se comportará numa futura visita à Inglaterra, junto à corte de St. James. Os protocolos britânicos não são fáceis.

Lula deu-se por vencido, após seguidas críticas. Finalmente virá a Minas. Talvez o presidente faça algum anúncio, a exemplo do que ocorreu no Rio de Janeiro.

Lá, anunciou investimentos na Petrobrás e na indústria naval. Disse que o Rio não merece figurar apenas nas páginas policiais.

Seria bom lembrar que parte substancial dos crimes, cometidos naquele Estado, foram perpetrados pelos governos petistas. Justamente na Petrobrás e na indústria naval. Teremos algo parecido com “bis in idem”, ou um “deja vu”? Expertise não falta.

O governador Cláudio Castro foi sonoramente vaiado no evento, apesar dos afagos feitos a Lula. Considerando o histórico dos governos cariocas, sua próxima parada poderia ser no presídio de Bangu, ou algo parecido.

Processos há. Nesse caso, teríamos um ex e um futuro presidiário no mesmo palco. A ironia é inevitável. Em Minas, Lula se encontrará com Zema.

Os aliados temem que o governador seja novamente vaiado, a exemplo do que ocorreu no evento do Palácio das Artes. Onde Zema era anfitrião. Não é comum o anfitrião ser vaiado pelos convidados. Haverá mais um “deja vu?”.

Seja como for, o relacionamento entre o governo federal e os governos estaduais, dos principais estados, tem-se mostrado conturbado.

Em S. Paulo, Rio e Minas temos governadores bolsonaristas, obrigados a receber seu adversário maior. Os bolsominions ficam irritados e se sentem traídos.

Devem se acostumar. Essa é a marca da política: traições e encontros por conveniência. Novamente, a ironia é inevitável.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG) e Direito Administrativo (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com