Ordem do Dia 07/11/23

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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia. 

Não poderia deixar de comentar a vitória do Fluminense, na final da Copa Libertadores da América, em cima do Boca Juniors, um time argentino. Ganhar dos argentinos, no futebol, parece sempre melhor.

Um título inédito coroa a trajetória do Fluminense e alegra sua torcida, a começar do meu falecido pai, que jamais pôde comemorar essa conquista.

Outro torcedor do Fluminense que faz falta, nesse episódio, entre outros, seria Nelson Rodrigues, cronista esportivo, escritor e talvez o maior teatrólogo brasileiro. O que diria Nelson Rodrigues, diante desse título?

Quem leu “À sombra das chuteiras imortais”, coletânea das crônicas esportivas de Rodrigues, poderia imaginar. Provavelmente, teríamos mais um texto antológico, inesquecível, daquele que atribuía ao futebol “uma complexidade shakespeariana”.

Autor da expressão futebolística “complexo de cadelinha”, o cronista exorcizaria mais uma síndrome tricolor. Com seu humor ácido e sem concessões, bem ao estilo que o consagrou. Esse título vem carregado de significados curiosos. O gol da vitória foi marcado por Jonh Kennedy, verdadeiro “gol de placa”.

Além disso, pela primeira vez, um mesmo país vence a Libertadores cinco vezes seguidas, marcando a decadência argentina, que sempre se destacou nessa competição.

De quebra, o Brasil conquistou o ouro no Pan, na final do vôlei, também em cima da Argentina. Nada mais justo. Eles ganharam a Copa do Mundo e Messi conquistou mais uma “Bola de Ouro”.

Enquanto víamos Lula e Neymar batendo boca, nas redes sociais, um chamando o outro de cachaceiro. Nesse caso, parece que ambos têm razão.  Pois é… Estava na nossa vez de comemorar alguma coisa.