Ordem do Dia 06/10/23
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
O assassinato de três médicos, no Rio de Janeiro, supostamente mortos por engano, fez lembrar um caso rumoroso do passado.
O que prova que organizações criminosas, de qualquer tipo, cometem erros fatais. Logo depois que o grupo terrorista palestino, “Setembro Negro”, atacou fatalmente a delegação olímpica de Israel, nas Olimpíadas de Munique, iniciou-se a vingança.
O Mossad, serviço secreto israelense, passou a assassinar membros do “Setembro Negro”, onde quer que estivessem. Em qualquer lugar do mundo.
Importante notar que os terroristas, diretamente responsáveis pela morte dos atletas israelenses, já estavam mortos. Morreram juntamente com os atletas, após reagirem a uma tentativa de resgate feita pela polícia alemã. Morreram todos. Uma lambança.
Supostos dirigentes do “Setembro Negro” foram então cassados e mortos ao redor do mundo. Inclusive um homem foi assassinado pelo Mossad na Noruega.
Mas foi um erro. Ele era apenas um garçom, que também trabalhava numa academia de caratê. Deixou viúva, família e amigos.
Os agentes do Mossad, que assassinaram o homem, chegaram a ser identificados e presos, pela polícia norueguesa.
Mas injunções internacionais colocaram-nos fora da cadeia, 22 meses depois.
Já Israel, por sua vez, jamais se desculpou pelo erro cometido. E la nave va…
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG) e Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política. E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com