Ordem do Dia 06/06/24
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista Político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
Reportagem do The Washington Post trata de uma agência, a Voz da Europa, financiada pelo governo Putin, cujo objetivo seria divulgar notícias pró Kremlin. Até aí tudo bem.
Entretanto, a Voz da Europa seria sediada em Praga, na República Tcheca, possuindo operações clandestinas. Basicamente, cooptar políticos europeus de extrema direita, para que solapassem o apoio europeu à Ucrânia.
Uma vez que, tal apoio à Ucrânia, seria um esforço de países da Europa contra a expansão beligerante da Rússia, indaga-se até que ponto tais políticos estariam traindo seus próprios países. Eis o busílis.
A Voz da Europa foi fechada a partir de uma ação conjunta, envolvendo as forças de segurança da República Tcheca e da União Europeia. Mas não sem antes distribuir milhões de euros entre esses políticos, de extrema direita.
A função desses supostos traidores seria aparentemente sem muita importância: divulgar matérias, propagandas e informações pró-Rússia e anti-Ucrânia.
Obviamente, em grande parte “fake news”, ou notícias falsas. O que nos remete à mesma questão, desta feita no Brasil.
Parece que a praga das “fake news”, que são distribuídas desde Praga (eis a piada pronta), seria um flagelo mundial. Mas como controlar esse problema, sem ofender a famosa “liberdade de expressão”?
Recentemente, o Congresso Nacional derrubou uma iniciativa legal para disciplinar esse tema. Certo ou errado, aparentemente, o problema seria relativamente simples de resolver.
Simplesmente, aplicar reprimendas a quem divulgar mentiras. Sejam as fraudes com objetivos políticos, econômicos, sociais, religiosos, etc. E ponto final.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com