Meteoric fará investimento de mais de R$ 1 bilhão em Poços

A expectativa é de geração de 700 empregos

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O governador Romeu Zema (Novo) assinou ontem, 9, em Poços de Caldas, protocolo de intenções com a empresa Meteoric Re-sources NL para a extração de terras raras em Minas Gerais.

O investimento da empresa será superior a R$ 1 bilhão no projeto de extração de argila iônica. A expectativa é de geração de 700 empregos.

Durante a solenidade, Zema ressaltou a importância desta parceria, que beneficia o desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda para Minas Gerais.

Além disso, o governador destacou o novo cenário vivido por Minas Gerais em relação a transição energética e falou também sobre a mineração no Estado.

“Temos essas terras raras que serão utilizadas e também o Vale do Lítio. Nós temos provado que é possível ter mineração com responsabilidade ambiental e social”, ressaltou.

O diretor executivo da Meteoric, Marcelo de Carvalho, se mostrou otimista com o projeto que pode ser referência no mundo. “Não só nós acreditamos nesse projeto, mas os investidores também. Esse é o maior projeto de terras raras do mundo”, destacou.

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De acordo com o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga, esse acordo pode colocar Minas Gerais entre os maiores produtores desse tipo de mineral no mundo, assim como no lítio.

“A confirmação do minério e esse investimento da Meteoric, em Poços de Caldas, são suficientes para impactar a indústria extrativa de terras raras no mundo, colocando Minas Gerais e o Brasil novamente em destaque, assim como aconteceu recentemente com o Vale do Lítio”, enfatizou.

Esses minerais são utilizados em várias indústrias, principalmente na produção de energia renovável (turbinas eólicas e células fotovoltaicas), cabos, ímãs, baterias, entre outros produtos e equipamentos.

Os estudos sobre a qualidade e a quantidade dessas reservas são feitos há 12 anos pela empresa poços-cal-dense Togni S/A. Esses ensaios apontaram que o material possui um alto potencial mercadológico. Atualmente, a China concentra cerca de 90% da produção mundial.

“Esse projeto é o único do mundo que sobrevive com os preços atuais fora da China. Por isso, acreditamos que podemos quebrar o monopólio chinês”, disse Carvalho.