Médica é convocada para dar explicações na CPI da Saúde

Juliana Maranhão é alvo de denúncias do Conselho Municipal de Saúde

Na terça-feira, 23, aconteceu uma nova reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada pela Câmara de Poços para apurar questões envolvendo a área da Saúde do município.

Os vereadores aprovaram um requerimento, de autoria do vereador Diney Lenon (PT), convocando a médica Juliana Graça Maranhão para prestar esclarecimentos. A reunião será no dia 30 de agosto, às 9h.

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A CPI recebeu do Executivo as informações solicitadas através de requerimentos apresentados desde o início dos trabalhos. O material deverá ser analisado por uma empresa que vai auxiliar o trabalho dos vereadores.

DEFINIÇÕES
Segundo Claudiney Marques (PSDB), vice-presidente da Comissão, a CPI encontra-se em um momento de definições.

“Após uma análise inicial dos milhares de documentos enviados pela Secretaria de Saúde e que dizem respeito à toda a dinâmica contratual dos últimos 10 anos, será preciso decidir sobre qual o melhor caminho a seguir neste momento. Provavelmente, será necessário fracionar a análise documental, iniciando, por exemplo, pelos contratos firmados entre o poder público e empresas terceirizadas, de maneira a conciliar, inclusive, os valores a serem contratados junto a uma auditoria externa. Estamos trabalhando”, afirmou.

O pedido para uma CPI foi apresentado pela Câmara após várias denúncias encaminhadas à Casa, entre elas sobre a existência de irregularidades em contratos da saúde, além de realização de número elevado de consultas e procedimentos diários por médicos da rede pública e de carga horária superior a 24 horas diárias, como é o caso da própria Juliana Maranhão.

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Além disto, ela é sócia de empresas que prestam serviços terceirizados à Secretaria de Saúde. Segundo o autor do requerimento, a convocada foi alvo de denúncia encaminhada à Câmara pelo Conselho Municipal de Saúde.

“O Conselho relata possíveis incompatibilidades no contrato e atuação da profissional em serviços prestados. A mesma teria acumulado cargos e funções em horários incompatíveis com sua possibilidade humana de atuação. Essa denúncia, após análise dos vereadores, resultou na abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito que atua desde junho na investigação do caso”, ressalta Diney.

A Comissão tem o prazo determinado de 180 dias para a conclusão de seus trabalhos e poderá ser prorrogada, na forma regimental. As reuniões são transmitidas ao vivo pelo Facebook e YouTube.