Levantamento revela o que atrai os consumidores ao comprar alimentos e bebidas
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Pesquisa realizada pela ADM, empresa global do setor de nutrição humana, destaca as principais percepções e demandas dos consumidores ao redor do mundo, e também na América Latina e Brasil.
O levantamento aponta que as novas análises, baseadas na relação cruzada entre saúde, bem-estar, sustentabilidade e segurança alimentar, resultaram na identificação de sete tendências-chaves, que revelam a evolução em comportamentos, atitudes e aspirações dos consumidores e que orientarão e servirão de pontos de partidas para a inovação no mercado.
O estudo chama a atenção para a transversalidade dos temas que permeiam as escolhas, demandas e expectativas dos consumidores em relação às marcas que compram.
O desejo de ter mente, corpo, alma, comunidade e planeta saudáveis se traduzem em consumo consciente, proativo e decisivo em várias categorias, pontuando que, ao mesmo tempo em que os consumidores buscam priorizar o que é mais importante para eles, as marcas de nutrição querem fazer o mesmo.
Opções de proteínas expandidas
Mais de metade (52%) dos consumidores globais agora se consideram flexitarianos, incorporando proteínas animais e vegetais em sua dieta.
Entre os brasileiros, 48% já se consideram flexitarianos. À medida que a geração Z e a geração Alfa crescem, a aceitação da aplicação de avanços científicos para fazer os alimentos continuará se tornando mais comum e práticas como agricultura celular, fermentação de precisão, produtos híbridos e diferentes fontes de proteínas prosperarão.
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Bem-estar equilibrado
Ter saúde nos aspectos emocional, mental, físico e até espiritual é algo visto cada vez mais pelos consumidores como interligado e um é tão importante quanto o outro.
Os consumidores estão adotando uma abordagem sinérgica, fazendo escolhas intencionais e tomando medidas para apoiar sua saúde física, bem como seu humor e sentimentos gerais.
Globalmente, 79% dos consumidores acreditam que apoiar sua saúde mental tem um efeito positivo sobre sua saúde geral e bem-estar.
Além disso, 48% dos consumidores globais planejam lidar com seu bem-estar mental no próximo ano, colocando a questão entre suas maiores preocupações. No Brasil, o número de consumidores que planejam lidar com seu bem-estar mental em 2023 é ainda maior, chegando a 53%.
Personalização proativa
O que funciona para o bem-estar de uma pessoa pode não ser ideal para o de outra. Uma estratégia “tamanho único” para saúde e alimentação foi deixada de lado, dando espaço para abordagens “melhor para mim” sob medida.
Na verdade, 63% dos consumidores globais dizem estar interessados em alimentos e bebidas personalizados para atender às suas necessidades nutricionais individuais.
Na América do Sul, 72% responderam ter interesse na nutrição personalizada. Além disso, 55% dos consumidores globais afirmam que estão dispostos a gastar mais em alimentos funcionais que possam apoiar suas metas de saúde.
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Confiança e rastreabilidade
Da terra à mesa, os consumidores querem saber de onde vem seu alimento, quem o fez e exatamente quais ingredientes foram incluídos.
Eles querem saber ainda como o produto foi feito e se as condições de sua produção foram humanas. Algum progresso tem sido feito em ganhar a confiança do consumidor, com pesquisas mostrando que 42% dos consumidores globais passaram a confiar mais em alegações ambientais feitas por produtos e marcas nos últimos dois anos.
No Brasil, a confiança aumentou para 46% dos consumidores. Esta necessidade de transparência nasce não apenas das preocupações com alimentos, mas também de um desejo de conexão com o alimento e as comunidades que o cultivam ou fabricam.
Produção ecológica
Globalmente, 49% dos consumidores alegam ter mudado sua dieta nos últimos dois anos para levar um estilo de vida mais amigável ao meio ambiente, entre os brasileiros, 59% disseram ter realizado mudanças no prato.
Além disso, exigem um padrão mais alto das companhias de quem compram com relação a suas práticas ambientalmente conscientes.
Os consumidores estão focando bastante em reduzir o seu desperdício de alimentos e esperam o mesmo das marcas que apoiam. Eles também querem provas de reconstrução e restauração ambiental.
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Impacto social
Usando suas vozes e seu poder de compra, os consumidores estão exigindo que as empresas pratiquem tratamento justo e humano de pessoas e animais envolvidos em cada aspecto da produção.
Quase 30% dos consumidores globais já boicotaram ativamente um produto ou uma marca devido a suas credenciais éticas e 40% buscam marcas que garantem que os produtores foram tratados de forma ética.
No Brasil, o estudo identificou que 29% dos consumidores são ativos em relação ao boicote de marcas e 41% procuram marcas que defendem o tratamento ético nas relações humanas.
Garantir a subsistência de trabalhadores, empregar métodos de inclusão e diversidade e manter os produtos acessíveis ao usuário final são considerações importantes para consumidores modernos tomarem decisões.
Alimentação experimental
Cada vez mais, os consumidores globais estão ficando mais aventureiros com a comida, pois 74% expressam um desejo de experimentar novos sabores de todo o mundo e 63% relatam gostar de fazer experimentos quando cozinham.
O consumidor sul-americano também apresenta um perfil aventureiro, 70% disseram experimentar novos sabores e 52% afirmaram gostar de fazer experimentos.
Além de buscar por novos e interessantes sabores, eles também querem se envolver com marcas divertidas e descontraídas que conquistam a fidelidade do consumidor através da sensação de comunidade que o entretenimento oferece.