Ginecologista orienta que mulheres na menopausa façam TRH
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A menopausa marca o fim da fase reprodutiva de uma mulher, sendo o termo utilizado para se referir à última menstruação, o que acontece, geralmente, entre 40 e 55 anos. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que, ainda este ano, 1 bilhão de mulheres passarão pela menopausa.
A reposição hormonal pode ser uma grande aliada nesta fase, pois além de melhorar o calor excessivo, também promove o fortalecimento dos ossos, pele, cabelo, melhora da libido, ajuda a dar disposição, entre outros benefícios.
Neste período, as mulheres passam por diversas transformações físicas e emocionais, podendo sentir seus efeitos no cérebro, coração e vasos, gordura, músculos, ossos, pele, articulações, temperatura interna, assoalho pélvico e na vagina. A pesquisa “1º Estudo da Essity sobre Menopausa e suas Etapas – 2022” mostrou que 67% das mulheres entrevistadas consultaram o médico para aliviar os sintomas e 30% delas fizeram reposição hormonal. Segundo um estudo feito pela Plenapausa, 81% das mulheres afirmam que já tiveram, ou ainda têm, ansiedade e/ou depressão.
Segundo o Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da Menopausa, há algumas indicações formais de terapia de reposição hormonal: sintomas vasomotores (calores); SGU (Síndrome Geniturinária) – ressecamento vaginal e dor na relação sexual devido ao hipoestrogenismo; prevenção de todas as fraturas relacionadas à osteoporose; e insuficiência ovariana prematura ou menopausa precoce, que ocorre antes dos 40 anos de idade.
O médico ginecologista Rafael Lazarotto CRM 33094-PR e RQE 24883, afirma que existem muitos outros benefícios da reposição hormonal, que vai muito além dessas indicações formais. “Como, por exemplo, a melhora dos riscos cardiovasculares (infarto, derrame), melhora do risco de hipertensão e diabetes, melhora do desejo sexual (libido), melhora da disposição, sono e cansaço, melhora da composição corporal (diminuindo gordura central e melhorando massa magra)”, cita.
Para Lazarotto, é necessário fazer com que a paciente através de orientações fundamentadas seja protagonista e busque pilares sólidos de qualidade de vida que vão muito além da reposição hormonal, ou seja, deve fazer parte da vida dela a prática regular de exercícios físicos, alimentação saudável, gerenciamento do estresse e uma boa qualidade de sono.
“As pacientes precisam conhecer o seu corpo, seus sintomas, precisam entender que a menopausa é uma data que irá chegar para a grande maioria das mulheres, pois faz parte do processo de envelhecimento natural e fisiológico”, explica.
Conforme relata o especialista, na maioria das pacientes, essa fase pode chegar de forma desagradável, com muitos sintomas, com prejuízo na qualidade de vida, que pode ser totalmente modificada se estiver sendo assistida por um médico que entenda e participe desse momento, auxiliando de forma tranquila.
Lazarotto acredita que a mulher com mais de 40 anos já atingiu muitas vezes uma independência pessoal, financeira e social, é empoderada e que precisa buscar, neste momento, um olhar também para uma vida longeva e saudável. “As ferramentas para que isso seja possível existem, precisam ser orientadas e de uma forma geral iniciar de forma precoce a reposição hormonal se este for o caso, evitando um momento de conflitos muitas vezes internos”, destaca.