Geração Z impõe novas formas de trabalho
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O mercado de trabalho passa por uma revolução liderada, principalmente, pelos profissionais da Geração Z, nascidos entre o final dos anos 1990 e início dos anos 2000.
Eles estão impondo uma nova forma de trabalho, em que se permite conciliar vida pessoal e profissional, além de darem maior cuidado à saúde mental, se engajando mais em assuntos como ética e sustentabilidade.
É o que aponta o relatório Talent Trends elaborado pela LLYC, em colaboração com a DCH, a Organização Internacional de Administradores de Capital Humano, que traz as principais tendências da área de talentos para 2023 e caminhos sobre como lidar com tais mudanças.
Este relatório aponta caminhos para alcançar a conexão entre interesses em comum. A tecnologia e a inteligência artificial podem ser as plataformas ou portas de entrada para um mundo mais humano, solidário e comprometido com o ambiente, que, essencialmente, o que os talentos esperam das organizações, e o que as organizações esperam deles.
Vive-se um novo tempo que romperá com os modelos tradicionais, estabelecendo processos de trabalho mais rápidos, eficientes e flexíveis, além do conceito de mobilidade e espaços de trabalho.
O estudo revela que a digitalização e aplicação da tecnologia aos processos, juntamente com a humanização progressiva do trabalho, marcarão o mercado de trabalho nos próximos meses e esta nova fase é fruto da força da geração Z, que deve representar um terço da força de trabalho em 2030 e que começa a impor às empresas sua cultura de trabalho, com condições mais flexíveis e mais exigências éticas.
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“Essa geração busca transparência sem filtros, abraça a realização ou fulfillment e vê a integração como chave para fortalecer seu relacionamento com a empresa. A experiência imersiva do funcionário, a explosão da Inteligência Artificial e a função do data-office também serão fundamentais no universo da busca por talentos, onde a rotatividade já é normal”, destaca Naira Feldmann, diretora de Engagement da LLYC Brasil.
Para María Obispo, Diretora de Talent Engagement da LLYC, 2023 será um ano em que os Recursos Humanos deverão continuar se adaptando a este momento muito específico no relacionamento entre talento e empresa.
“O poder continua nas mãos dos profissionais que estão cada vez mais exigentes. Não são mais as empresas que escolhem as pessoas, mas sim as pessoas que escolhem as empresas, por isso, é hora de inovar, de reformular o que fazemos e de incorporar novas capacidades (semelhantes às do marketing) às equipes para enfrentar os desafios que o futuro nos reserva”, complementa.
De acordo com o relatório Talent Trends, estas são nove tendências que marcarão a gestão de talentos em 2023:
•Efeito Z. A geração Z já começou a revolucionar a maneira como vemos o mercado de trabalho. Sua determinação e reivindicações não só tornam os profissionais mais exigentes com as suas organizações em termos de ética e sustentabilidade, como também têm gerado mudanças no relacionamento com o emprego, já que esta geração exige mudanças que permitam conciliar melhor a vida pessoal e profissional.
•Experiência imersiva do funcionário. O metaverso será essencial para mostrar o que os potenciais funcionários mais exigem: ter a experiência de trabalhar em uma organização sem ter que pertencer à empresa.
•A explosão da Inteligência Artificial. A projeção é de que o mercado global de Inteligência Artificial(IA) cresça mais de 20% entre 2022-29. Isso permitirá o desenvolvimento de análises preditivas que ajudam na tomada de decisões em relação à gestão de talentos. A IA ajuda a melhorar os processos seletivos com algoritmos de aprendizagem que automatizam a triagem curricular dos candidatos e das incorporações com chatbots capazes de sanar as dúvidas dos novos profissionais.
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•Data-Office. Com o crescimento do teletrabalho e do modelo híbrido, o uso do escritório mudou. Para melhorar a eficiência no uso do espaço e o engajamento com os profissionais, é preciso olhar com clareza como a análise de dados também influencia a gestão dos escritórios.
O objetivo: entender melhor o uso que se faz desses locais. Questões como o uso de salas de reunião e a utilidade dos espaços para reuniões informais podem ser mensuradas com eficiência por meio de dispositivos da Internet das Coisas(IOT).
•A importância da integração. Diversos estudos indicam que 90% dos trabalhadores decidem se vão continuar ou não na empresa que os contratou durante os primeiros seis meses. Neste sentido, a integração, também de onboarding, é o primeiro passo para fortalecer o relacionamento entre funcionário e empresa, sendo uma oportunidade exclusiva de criar uma boa experiência e integrar o profissional à cultura da empresa.
•Mudança cultural de código aberto. No cenário volátil pelo qual o mundo passa, os colaboradores estão cada vez mais relutantes a aceitar novos processos, práticas, atualizações tecnológicas, entre outros. Segundo relatório da Gartner, a solução é passar de um modelo de pirâmide para um modelo colaborativo por meio de estratégias de mudança de código aberto.
•Abraçar a rotatividade. Fenômenos como a grande renúncia ou a renúncia silenciosa que se instalaram em 2022 trouxeram uma realidade comum na maioria das organizações: o aumento da rotatividade indesejada. Apesar das dificuldades que isso traz às equipes de recursos humanos, não parece que esse movimento vai diminuir em 2023.
•Transparência sem filtros. Vive-se a era da transparência. As empresas devem se mostrar cada vez mais responsáveis diante dos seus principais stakeholders,e isso significa que os colaboradores também estão cada vez mais informados sobre as companhias com as quais escolhem trabalhar.
•Do comprometimento à realização. A realização ou Fulfillment é um estado de plenitude e harmonia total entre funcionários e empresas, no qual a cultura é formada pela mistura da vida pessoal e profissional – muitas vezes, a influenciando.