Gamificação: 83% dos funcionários se sentem motivados
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A gamificação é o uso de elementos e mecanismos de jogos fora do contexto do entretenimento, como, por exemplo, na educação, em treinamentos corporativos e em ações de marketing.
Nas empresas, ela tem sido utilizada como uma estratégia para alcançar resultados específicos, engajar clientes e colaboradores, melhorar a comunicação corporativa e o bem-estar dos funcionários, entre outros objetivos.
De acordo com uma pesquisa realizada pela plataforma MarketsandMarkets Research, o mercado global de gamificação, que em 2020 registrou faturamento de US$ 9,1 bilhões, deve atingir a cifra de US$ 30,7 bilhões até 2025, o que representa uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 27,4%.
Já a plataforma de treinamento corporativo TalentLMS realizou uma pesquisa em 2019 sobre os efeitos da gamificação no trabalho e concluiu que 83% dos funcionários que terminam um treinamento com elementos de gamificação se sentem mais motivados. Para 89% dos entrevistados, a gamificação tem impacto positivo em sua produtividade.
Alexandrine Brami, CEO e cofundadora do Lingopass, edtech com foco no ensino de idiomas para empresas, afirma que a gamificação tem tido muito sucesso na área de pesquisa e desenvolvimento por sua capacidade de gerar uma cadeia de impactos positivos.
“Ela promove um maior engajamento nos treinamentos, o que, por sua vez, aumenta a produtividade da equipe, possibilitando que as pessoas realizem suas tarefas de forma mais eficiente”, afirma.
De acordo com Brami, as plataformas de e-learning gamificado têm sido adotadas pelas empresas como soluções eficientes para o treinamento de equipes.
“Ao incorporar elementos de videogame ao aprendizado digital de idiomas, promovemos uma competição saudável que incentiva o usuário a se superar, subir de nível, acumular emblemas e até colecionar prêmios”, explica a CEO do Lingopass.
Na avaliação dela, essa dinâmica incentiva o aperfeiçoamento profissional, a união e o envolvimento das equipes, acelera a curva de aprendizado e garante que os KPIs (indicadores-chave de desempenho) sejam alcançados e, consequentemente, que as empresas tenham um retorno sobre o investimento.
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Automação de processos
Outra tendência que tem ganhado força entre as empresas é a automação de processos, impulsionada pelos avanços da inteligência artificial (IA), com o objetivo de redução de custos e aumento da produtividade e da eficiência.
Segundo estudo divulgado em 2022 pela empresa de consultoria empresarial norte-americana McKinsey, 80% das organizações pretendem dar continuidade aos seus investimentos em automação ou aumentá-los.
Já de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Corporativo do Brasil (IDC), em 2023, o país deve ultrapassar o montante de US$ 1 bilhão de gastos com inteligência artificial, um crescimento de 33% em relação aos gastos de 2022. Os gastos com soluções de automação inteligente, por sua vez, devem apresentar um crescimento de 17% em comparação com o ano anterior, chegando a mais de US$ 214 milhões.
Alexandrine Brami afirma que as corporações têm utilizado métodos de IA, como os algoritmos de aprendizado de máquina (machine learning), para automatizar tarefas rotineiras e otimizar operações, tais como a análise de dados.
“A tomada de decisões baseada em dados é crucial em todas as empresas, mas o setor de RH, e mais especificamente a área de T&D [treinamento e desenvolvimento], está entre os que mais têm se beneficiado da otimização de processos.”
A CEO do Lingopass explica que a tomada de decisões baseada em dados é essencial para melhorar a eficácia da gestão de pessoas e da empresa, de modo geral, e é igualmente importante na análise de programas de avaliação e treinamento.
Um estudo feito pela Talent IMS indicou inclusive que, 78% dos entrevistados dizem que a gamificação no processo de recrutamento tornaria uma empresa mais desejável. Além disso, esse é um fator que auxilia em toda jornada do colaborador, desde o recrutamento até sua conquista interna na empresa.
“A automação do processo de nivelamento em idiomas de candidatos e funcionários, por exemplo, é capaz de simplificar a gestão das equipes de recrutamento e liberar tempo e recursos valiosos para atividades mais estratégicas na área”, afirma.