Fundos imobiliários: conhecer o mercado é fundamental para um bom investimento

Investidor deve analisar segurança, liquidez, rentabilidade, direitos e deveres dos cotistas antes de aplicar seu dinheiro

As aplicações em fundos imobiliários são apontadas como uma alternativa para os pequenos investidores ingressarem na renda variável.

A modalidade possibilita alcançar maior rentabilidade em comparação com a renda fixa, porém, é mais arriscada. Por isso, antes de começar a investir, é recomendado estudar o mercado.

A orientação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) é que o investidor sempre analise a segurança, a liquidez e a rentabilidade antes de investir. No caso específico dos fundos, é necessário avaliar, ainda, os direitos e os deveres dos cotistas, como explica a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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Quem investe em um fundo imobiliário, adquire uma participação nos lucros de um imóvel já construído – como shoppings, galpões e lajes corporativas – ou de títulos que financiam o setor. No primeiro caso, a cota refere-se a um “fundo de tijolo”, já o segundo é chamado “fundo de papel”.

A dinâmica da operação confere maior segurança ao investidor, em comparação com outros produtos de renda variável. Na avaliação da Anbima, os principais riscos para quem investe nos fundos de tijolos são a taxa de vacância, a inadimplência do inquilino e a possibilidade de depredação do imóvel. No caso dos fundos de papel, há o risco de crédito dos ativos.

Com relação à liquidez, a Anbima explica que os fundos imobiliários oferecem facilidade para resgatar o valor investido. A venda das cotas ocorre de forma simplificada, conforme a demanda do mercado.

Já a rentabilidade depende do tipo de fundo. Para imóveis construídos, o investidor recebe uma remuneração mensal, como uma espécie de “aluguel”, referente aos lucros obtidos no período. No caso dos fundos de papel, ela é atrelada ao desempenho do indexador. Em ambos é possível lucrar com a venda das cotas após a valorização.

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Direitos e deveres
A CVM destaca que, ao investir em um fundo, o investidor torna-se cotista e passa a concordar com suas regras. Por isso, além de avaliar todos os aspectos do investimento, também é necessário analisar o regulamento do fundo antes de começar a investir.

Cabe ao administrador fornecer essa informação. Ele também deve apresentar a lâmina do fundo, que é um documento com as informações sobre o desempenho.

A recomendação da CVM é para que o investidor informe-se previamente sobre a gestão do fundo, conheça a política de investimento de forma detalhada, verifique os valores das taxas cobradas para a administração e leia atentamente a lâmina do fundo.

Critérios de escolha
Os critérios para a escolha de um bom fundo estão diretamente relacionados com a redução dos riscos financeiros. Dessa forma, seguindo as orientações da Anbima e da CVM, o investidor deve buscar fundos que tenham uma baixa taxa de vacância e um histórico de adimplência do inquilino ou que estejam atrelados a um indexador com projeção de bom desempenho.

Além disso, também é importante assegurar que sejam diversificados, tenham uma boa gestão e contem com uma política administrativa compatível com os interesses do investidor.