Febre maculosa: doença alerta para dedetização de carrapatos
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Campinas (SP) registrou 11 casos de febre maculosa em 2022, com sete vítimas fatais, conforme informações da Secretaria de Saúde do município.
Trata-se do segundo maior número de mortes em decorrência da doença em um único ano desde 2007, quando teve início a série histórica, o que motivou a pasta a programar novas ações de prevenção.
O total de óbitos registrados por febre maculosa no ano passado só fica atrás da soma de 2019, quando dez cidadãos morreram. O número de infectados na cidade, por sua vez, foi o mesmo de 2021, o quarto maior da série.
A febre maculosa é uma doença infecciosa e febril aguda com elevada taxa de letalidade. A condição é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.
De acordo com o Ministério da Saúde, duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da febre maculosa no Brasil: Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de FMB (Febre Maculosa Brasileira) considerada a doença grave, e Rickettsia parkeri, que produz quadros clínicos mais leves.
No país, os carrapatos do gênero Amblyomma – conhecidos como carrapato estrela – são os principais vetores da febre maculosa, mas até mesmo o “carrapato do cachorro” pode conter a bactéria.
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Os principais sintomas da febre maculosa são: febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal. Além disso, os infectados podem apresentar: dor muscular, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, paralisia que inicia nas pernas e sobe até os pulmões, podendo causar paragem respiratória, ainda segundo o Ministério da Saúde.
Gleison Pinheiro, diretor da Delta Dedetização, empresa que presta serviços de dedetização de carrapatos em São Paulo (SP), destaca que os carrapatos são indivíduos hematófagos obrigatórios – ou seja, que dependem de sangue para sobreviver.
“É esse hábito alimentar que faz dos carrapatos seres tão perigosos. Isso porque, enquanto sugam o sangue do animal ou seres humanos, eles ainda transmitem vírus, bactérias ou protozoários”, explica.
Pinheiro destaca que a dedetização de carrapatos faz parte do controle de pragas e é essencial para evitar as situações de perigo à saúde.
“A dedetização de carrapatos é feita com inseticida específico nos locais mapeados pelos técnicos. Geralmente, é utilizado um produto líquido que é pulverizado no ambiente. Esse tipo de aplicação é feito porque chega em locais de difícil acesso em ambientes internos e externos”, explica.
O diretor ressalta que apenas um profissional especializado pode atuar com a dedetização de carrapatos, uma vez que a modalidade demanda uma série de estratégias e cuidados.
“A maioria dos métodos caseiros não ajuda a acabar com insetos e animais indesejados, por isso, é essencial contar com o auxílio especializado de uma dedetizadora”, afirma. “Empresas de dedetização conseguem encontrar o ninho ou colônia, além de conhecer os hábitos e a biologia da praga”, complementa.