Câmara pede explicações sobre expansão da Zona Azul
Reclamações sobre expansão de vagas chegaram até a Câmara Municipal
A extensão das vagas de estacionamento rotativo pago (Zona Azul) em Poços de Caldas, que tem desagrado muita gente,voltou a ser abordada na sessão remunerada da Câmara desta semana, sugerindo a presidente da Mesa Diretora da Casa, vereadora Regina Cioffi (PPS), a apresentação de requerimento solicitando informações do Executivo a respeito da legalidade de demarcação de áreas em bairros da cidade.
CENTRO EXPANDIDO
De acordo com ela, é preciso que se cumpra exatamente o que foi estabelecido em lei e no decreto do Executivo. No requerimento, apontou que a Lei Municipal nº 9.068/2015, fixou um mínimo de 2.500 e máximo de 4.000 vagas, considerando o que se chamou de “centro expandido”.
No entanto, ela ressaltou que no aplicativo para celular pode-se encontrar a vaga de número 5.300. “Caso a numeração seja sequencial, esse número já superou aquele fixado em lei. Ruas e avenidas do bairro Jardim dos Estados, por exemplo, vêm sendo demarcadas e queremos saber o embasamento legal para a expansão dessas vagas nos bairros”, disse.
SANTA CASA
Outra situação apontada pela vereadora foi a existência do estacionamento rotativo em locais estratégicos da cidade, como nas proximidades da Santa Casa.
“Esse fato, caso implantado em definitivo, poderá causar um transtorno muito grande à população. Trata-se de uma instituição que realiza tratamentos diversos e temos naquele local funcionários que se deslocam para trabalhar nos seus veículos próprios, inclusive trabalhando na escala de 12 por 36 horas. Portanto, precisam deixar os carros na rua e como vão conseguir pagar a Zona Azul? A instituição não tem espaço físico e nem condições financeiras de oferecer um local para que os funcionários possam guardar seus veículos”, destacou.
REVISÃO
A vereadora afirmou que, além do requerimento apresentado, irá encaminhar um ofício à Prefeitura, solicitando que todas essas situações sejam revistas, a fim de que não causem mais problemas à comunidade moradora.
“Considero importantíssimo o estacionamento rotativo, uma vez que organizou o trânsito no centro da cidade e isso foi fundamental. O que não podemos aceitar é que algo que deveria somente beneficiar a população traga prejuízos, inclusive com multas, uma vez que há problemas com os parquímetros, que muitas vezes não funcionam, e com os aplicativos nos celulares. Além disso, não existem fiscais suficientes para os bairros, o mesmo acontece no centro. Outro ponto que estamos questionando é sobre a aplicação dos recursos provenientes das taxas recebidas pela Prefeitura e também das multas. É um recurso que, se arrecadado de forma justa, poderia ser utilizado na melhoria da mobilidade urbana”, enfatizou.