Excesso de horas trabalhadas por terceirizados é questionado

Vereadores pedem explicações sobre grande quantidade de atendimentos diários

Pedido de informações sobre contratos com empresas que prestam serviço na área da saúde em Poços de Caldas para atender a necessidade de médicos e profissionais da saúde foi assinado em conjunto pelos vereadores Douglas Dofu (DEM), Lucas Arruda (Rede), Luzia Martins (PDT), Marcelo Heitor (PSC), Regina Cioffi (PP) e Tiago Braz (Rede).

Um parecer do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais aponta que ao médico não cabe ser imposto um número mínimo de atendimentos, vale a referência média de três a quatro pacientes por hora”.

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Os vereadores pedem o envio dos contratos das empresas especializadas (Ômega, Pro-Health e Hygea) em prestação de serviços em saúde, vigentes em 2021 e 2022, bem como comprovação do cumprimento do contrato na íntegra em relação aos profissionais compromissados contratualmente e custo total mensal para o município.

Eles também querem saber se houve licitação para firmar os contratos ou convênios e na Secretaria Municipal de Saúde, quais servidores são responsáveis por fiscalizar os contratos das empresas supracitadas.

ATENDIMENTOS

Os vereadores solicitam ainda os relatórios dos meses de maio, junho, julho e agosto de 2021 dos pacientes que foram atendidos no Hospital Margarita Morales, no Hospital da Zona Leste, na UPA e na Policlínica discriminando dia, e por qual especialidade passaram.

Outra solicitação é o organograma dos meses de maio, junho, julho e agosto de 2021 dos profissionais que trabalharam no Hospital de Campanha, com a respectiva carga horária, dia e vencimentos.

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Também é perguntado quem exercia o cargo de diretor técnico do Margarita Morales entre maio e agosto de 2021 e se existe vínculo familiar entre os responsáveis pelas empresas contratadas e os servidores que prestam serviço.

Os vereadores citam que apenas no mês de maio de 2021, uma médica trabalhou 125 horas na UPA, 126 horas no Margarita Morales, fez 61 consultas na Policlínica e realizou mais 80 consultas no Hospital Margarita Morales.

Eles questionam quanto tempo a médica leva para realizar cada consulta. Em junho, os vereadores relatam o caso de um médico que realizou 71 consultas ginecológicas em um dia no Hospital da Zona Leste e uma média de 60 consultas em outros dias.

“Se o médico trabalhar 24 horas ininterruptas, o que é impossível, sabe-se que ele levou então 20 minutos para atender cada paciente. Há registro de quantas pessoas foram atendidas por ele no dia? Dessa forma, pode-se observar a recorrência da realização de mais de 40 consultas/dia, com frequência por um mesmo profissional. Qual a razão?”, questionam os vereadores.