Escrivão acusado de matar músico irá a júri em abril
O júri popular está marcado para o dia 19 de abril, a partir das 9h, no Fórum Municipal
O policial civil Thiago Galvão Bernardes, acusado de matar o músico Yuri Antônio Gonçalves Vilas Boas em 2016, vai a júri popular em abril, conforme decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Thiago, que é escrivão na Polícia Civil, encontra-se preso em Belo Horizonte.
O júri popular está marcado para o dia 19 de abril, a partir das 9h, no Fórum Municipal. Uma carta precatória foi expedida no começo do ano para a unidade prisional onde o escrivão encontra-se detido, para que seja providenciado o traslado dele para Poços no dia do julgamento.
O CASO
O escrivão da Polícia Civil, Thiago Galvão Bernardes, foi acusado de matar o músico e estudante Yuri Antônio Gonçalves Villas Boas no interior de um apartamento na madrugada do dia 22 de maio de 2016, em Poços. Após ser preso em flagrante, ele foi levado à Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte.
Thiago, que atuava na Delegacia da vizinha cidade de Cabo Verde, trabalhava há três anos na Polícia Civil e chegou a ficar afastado do trabalho por oito meses, em função de problemas de depressão, tendo retornado às funções em fevereiro de 2016. Anteriormente, foi recolhida a arma por ele utilizada, mas com a evolução do tratamento, ele retornou à atividade sem nenhum tipo de restrição, inclusive porte de armas.
No entanto, ele não só vinha sendo acompanhado pelo setor de perícias médicas da Polícia Civil, como sendo tratado por médico particular na cidade. De acordo com a única testemunha do crime, Sérgio Toledo, que é proprietário do apartamento onde aconteceu a tragédia, Yuri foi morto sem que houvesse qualquer motivo para o assassinato. Ele contou que saiu por volta de meia-noite e foi para um bar.
Lá, se encontrou com Yuri e afirmou que no balcão conheceram Thiago. O grupo começou a conversar e como o estabelecimento já não estava mais servindo, resolveu-se seguir para o apartamento de Sérgio Toledo, no Condomínio Vale do Imperador, na rua Argentina, no Jardim Quisisana.
Do bar, os três pararam antes em um posto no Quisissana, compraram algumas latas de cerveja e chegaram no apartamento. A testemunha falou que não houve nenhum tipo de discussão prévia e que a vítima do crime em momento algum teria dito algo que pudesse ter provocado o acusado do crime a agir daquela maneira, ou seja, sacando a arma e efetuado um único disparo.
CENA DO CRIME
Após o tiro, o dono do apartamento e testemunha do crime deixou o local após ter visto uma poça de sangue. Ele disse que ficou atordoado e no momento, agindo por instinto, decidiu sair rápido do local, entendendo que corria risco de vida, pois como não houve motivação para o primeiro disparo, um segundo tiro poderia atingí-lo. Segundo amigos e familiares, Yuri não tinha passagens pela polícia. Era uma pessoa tranquila, que não se envolvia em discussões e se dedicava à música.