Escola Estadual David Campista recebe homenagem pelos seus 100 anos
Centenário foi completado no dia 22 de março
A Secretaria Municipal de Educação e a Autarquia Municipal de Ensino de Poços de Caldas prestaram homenagem à Escola Estadual David Campista, que completou 100 anos de fundação no dia 22 de março.
A presidente do Conselho Curador da AME e secretária municipal de Educação, Maria Helena Braga, e o diretor da AME, Carlos Roberto de Oliveira Costa, entregaram uma placa alusiva à data ao atual diretor do David Campista, Elias Correa Tranche. A superintendente regional de Ensino, Noêmia de Lourdes Furtado, também participou da homenagem.
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“Homenageamos aqueles que nos antecederam e construíram toda a história deste patrimônio. Mais que um patrimônio físico, construíram um patrimônio histórico, do ponto de vista de toda a formação educacional e moral realizada nesses 100 anos”, destacou o diretor da Autarquia Municipal de Ensino, professor Carlos Roberto de Oliveira Costa.
A homenagem foi realizada no início da tarde de quinta-feira, 24, na Escola Estadual David Campista.
Atualmente, a E.E. David Campista atende cerca de 1.100 alunos do Ensino Fundamental e Médio. A equipe conta com 40 servidores, das áreas administrativa, supervisão, direção e cantina.
HISTÓRIA
De acordo com o trabalho de pesquisa realizado pela equipe do Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas, o prédio que abriga a E.E. David Campista foi projetado pelo engenheiro Carlos Alberto Maywald.
As obras foram iniciadas em 1910 e terminadas por volta de 1913, mas curiosamente, com outra funcionalidade: o prédio abrigaria um sanatório para cuidar de tuberculosos. O nome aparecia em sua fachada principal, “Sanatorium”, como pode ser visto nas fotos da época.
Construído para atender a elite da sociedade, foi equipado com todo luxo, sendo os móveis e demais utensílios necessários ao funcionamento importados da Europa.
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Segundo um dos seus fundadores, era um hotel de cinco estrelas, onde os hóspedes tinham à disposição o maior luxo e conforto. Funcionou por apenas seis meses e, por problemas administrativos, teve de ser fechado.
Em 1917, o então prefeito da cidade, Francisco Escobar, já no final de sua administração, adquiriu o edifício para instalar um Grupo Escolar, o que só aconteceu efetivamente cinco anos depois, em 22 de março 1922, quando o Estado de Minas Gerais o incorporou à rede para utilizá-lo como escola, estando até nos dias de hoje com esta finalidade.
O prédio passou por adaptações. O edifício antigo possuía 13 salas de aula, sala para professores, diretoria, secretaria, sanitários para os alunos e para professores. O antigo pátio para atividades escolares abrigava a cozinha e a despensa.
No fundo do lote, uma paineira se destacava na paisagem da região central da cidade. Posteriormente, foram construídas outras instalações, como salas de aula, quadras, etc.